Jane Monheit: com as canções do novo álbum no Bourbon Street

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O público paulistano já a conhece. Desde sua estréia em São Paulo, em 2002, a cantora norte-americana Jane Monheit, 31, fez vários shows por aqui. Uma das revelações do jazz vocal desta década, ela retorna ao Bourbon Street, amanhã e quarta, para interpretar canções de seu novo álbum, que acaba de ser lançado no Brasil.

Além dos costumeiros standards jazzísticos que marcam o repertório de Monheit, o CD “The Lovers, the Dreamers and Me” (Universal) destaca releituras de canções de jovens compositoras da cena pop, como Corinne Bailey Rae (“Like a Star”) e Fiona Apple (“Slow Like Honey”).

“Minha gravadora sugeriu que eu cantasse algo mais contemporâneo. Achei ótimo, porque já pensava gravar algumas dessas novas compositoras. Adoro cantar standards, mas muitos parecem ter sido escritos zilhões de anos atrás. Além de serem mulheres, tanto Fiona como Corinne têm a mesma idade que eu”, comenta a intérprete.

Conhecida por sua antiga admiração pela música brasileira, Monheit diz que se sente “feliz” ao ver hoje a bossa nova e outros estilos da MPB presentes nos repertórios de muitos vocalistas do jazz, mas não perde a oportunidade de alfinetar algumas colegas, sem citar nomes.

Alfinetada

“Fico irritada quando ouço música brasileira feita de maneira errada, ou quando alguém a canta em português ruim. Eu e meus músicos tentamos interpretá-la de modo autêntico. Meu marido, que também é o meu baterista, recebeu grande influência de Téo Lima, um músico deslumbrante que os brasileiros deveriam venerar”, afirma.

No novo álbum, Monheit interpreta “No Tomorrow” (versão em inglês de “Acaso”, de Ivan Lins) e o clássico samba “A Primeira Vez” (de Bide e Marçal), em português, com uma pronúncia bem superior à da maioria de suas colegas norte-americanas e canadenses.

Acompanhada por Rick Montalbano (bateria), Michael Kanan (piano) e Neal Miner (baixo), a cantora lamenta não poder contar com o violonista Romero Lubambo, carioca radicado nos EUA, que toca em seis faixas de seu CD. “Adoro o Romero, grande músico e ser humano, mas não temos tido chances de estar juntos ao vivo”.

(publicada na “Folha de S. Paulo”, em 13/04/2009)



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