New Orleans Jazz & Heritage: festival anuncia as atrações musicais de sua 42ª edição

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Aos 80 anos, Sonny Rollins (na foto ao lado), o mestre do sax tenor, é o grande destaque do New Orleans Jazz & Heritage Festival, que acaba de anunciar o programa de sua próxima edição. O evento, que vai exibir centenas de shows, no hipódromo, em clubes e casas noturnas dessa multicultural cidade do Estado de Louisiana (sul dos EUA), acontece entre 29/4 e 8/5.

Eclético como sempre, o Jazz Fest promete atrações musicais de vários gêneros: do jazz de Ahmad Jamal, Ron Carter, Christian Scott e Mingus Band ao soul de John Legend & The Roots, Maze, Amos Lee e Lauryn Hill; da música popular brasileira de Ivan Lins ao funk de Maceo Parker e Pee Wee Ellis; do blues de Robert Cray, Keb’Mo e Charlie Musselwhite ao rock de Bon Jovi, Arcade Fire, Robert Plant e Wilco, entre outros.

Mas o que realmente torna único no mundo esse festival é a presença de centenas de artistas e bandas de New Orleans, como Terence Blanchard, Allen Toussaint, Doctor John, Nicholas Payton, Trombone Shorty, Neville Brothers, Galactic, Astral Project, John Boutté, Ellis e Delfeayo Marsalis, Tab Benoit, Jon Cleary, Irvin Mayfield, Irma Thomas, Tom McDermott, Leroy Jones, Bonerama, Luther Kent, Leah Chase, Walter “Wolfman” Washington, Henry Butler e a Preservation Hall Jazz Band, entre tantos outros nomes de peso. Mesmo sendo menos conhecidos que os supostos headliners do festival, os músicos locais não perdem em nada.

Se você ainda não conhece New Orleans, deixo a dica mais uma vez. Essa é a melhor época do ano para se visitá-la, não só pelo clima (em geral, quente e pouco chuvoso), mas justamente pela grande oportunidade que o Jazz Fest oferece: em cerca de dez dias, pode-se ouvir muitos dos melhores artistas e bandas dessa cidade tão musical e divertida, distante da caretice que se vê em muitos outros lugares dos EUA.


Confira a programação completa no site do evento: www.nojazzfest.com

E o video abaixo dá uma certa idéia do que se pode ouvir, ver e comer durante esse festival...



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Marku Ribas: um artista carismático que merece um maior reconhecimento

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Só mesmo a injusta dinâmica do mercado pode explicar porque o talento musical do mineiro Marku Ribas ainda só é apreciado por um círculo restrito de fãs. Um dos pioneiros da música negra com sotaque brasileiro, aos 63 anos, este carismático cantor, compositor, violonista e ator de cinema (“Batismo de Sangue”, “Chega de Saudade”) lança agora “4 Loas” (+Brasil/Tratore), álbum que surpreende tanto pela fulminante energia de suas performances, como pela profusão de referências reveladas em suas canções.

Do gingado de “Aurora da Revolução” ao romantismo de “Ce Pas Pour Ça”, Marku mistura seu samba com diversos ritmos e influências, como o jazz (“Altas Horas”, “Doce Vida”), o rock (“A Embaixatriz”) e o baião (“Sambatema”), além de criar saborosas incursões pelo funk (“O Mar Não Tem Cabelo”) e pelo reggae (“Querobem Querubim”). Para isso conta com alguns dos melhores instrumentistas de Minas Gerais, com destaque para o baterista Neném e o baixista Ezequiel Lima. Quem sabe com este disco a música de Marku alcançará enfim o reconhecimento que merece. 

 (resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", em 17/12/2010)


Melhores discos da década 2001-2010: minhas listas (por enquanto)

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A revista “Bravo!” publicou, em sua edição de dezembro, listas de discos, filmes, livros, exposições e espetáculos que sua equipe de jornalista e críticos considera essenciais para se compreender a cultura na primeira década deste século.

Fui convidado a colaborar com essa enquete, indicando discos de música popular lançados por artistas brasileiros e estrangeiros. Confesso que, ao selecionar 20 álbuns que representaram essa década, quase me arrependi. Como não cometer injustiças ao eleger um número tão restrito de trabalhos? Além disso, é praticamente impossível cobrir a imensa produção fonográfica nas áreas da música brasileira, do jazz e da música negra em geral, que venho tentando acompanhar nas últimas décadas.

Os favoritos da “Bravo!” ainda podem ser conferidos no site da revista. Como não me identifico com todos eles, resolvi deixar registrados aqui os meus escolhidos, mesmo que hoje, passados quase dois meses, eu até pudesse mudar um ou outro item se fosse pensar novamente no assunto.

Listas como essas são sempre pessoais, relativas e temporárias, não acha? Aliás, quais seriam os seus escolhidos? Aqui vão minhas listas, em ordem de lançamento:



Discos nacionais


Ouro NegroMoacir Santos (2001)
Brazilian DuosLuciana Souza (2001)
Cine Baronesa – Guinga (2001)
Áfrico – Sérgio Santos (2002)
BrasileirinhoMaria Bethânia (2003)
Meia-Noite, Meio-Dia – Chico Pinheiro (2003)
CariocaChico Buarque (2006)
... de Árvores e Valsas – André Mehmari (2008)
Estudando a BossaTom Zé (2008)
Luz da AuroraYamandu Costa e Hamilton de Holanda (2009)


Discos Estrangeiros


Extended Play – Dave Holand (2002)
The Bandwagon – Jason Moran (2003)
Concert in the Garden – Maria Schneider (2004)
Anything Goes – Brad Mehldau (2004)
Back to BlackAmy Winehouse (2006)
A Tale of God’s WillTerence Blanchard (2007)
Lost and Found – Ledisi (2007)
The Joni Letters – Herbie Hancock (2007)
One Kind Favor – B.B. King (2008)
The Bright Mississippi – Allen Toussaint (2009) 



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