Festivais online: Rio Montreux e Sampa Jazz esquentam este final de semana

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                                                                   A cantora Macy Gray, atração do Rio Montreux Jazz        

Este final de semana promete ser agitado para quem gosta de jazz, música instrumental brasileira, soul, funk, r&b e outros gêneros afins. Enquanto a vacina não chega para nos livrar do distanciamento social, dois festivais oferecem atrações internacionais e nacionais para serem curtidas online, em casa, com toda a segurança.

Nesta sexta (23/10), às 17h45, começa a segunda edição do Rio Montreux Jazz Festival. Apoiado no prestígio mundial do evento suíço que já é realizado há mais de cinco décadas, o evento carioca tem como diretor artístico Marco Mazzola – responsável pelas badaladas “noites brasileiras”, que costumavam reunir os maiores astros e estrelas da MPB, nos anos 1980 e 1990, na pequena cidade de Montreux.

O ecletismo musical do festival suíço também está presente na programação do Rio Montreux Jazz. Entre as atrações internacionais deste ano destacam-se o trompetista Christian Scott, a clarinetista Anat Cohen e a cantora Macy Gray, além de craques do instrumental brasileiro, como a lendária banda Som Imaginário, o duo do bandolinista Hamilton de Holanda com o pianista Amaro Freitas, a Orkestra Rumpilezz ou a big band feminina Jazzmin’s.

Nas três noites desse evento, que termina no domingo, não faltam também expoentes da MPB e da bossa nova, como Milton Nascimento, João Donato, a dupla Roberto Menescal e Marcos Valle ou a banda A Cor do Som, entre outros. Confira a programação completa no site do evento: riomontreuxjazzfestival.com.br/#programacao. A transmissão ao vivo poderá acompanhada por este link: youtube.com/riomontreuxjazzfestival

Mais compacta do que em anos anteriores, a quarta edição do festival Sampa Jazz concentra todas as suas atrações no sábado (24/10). Dois workshops com especial interesse para os estudantes e músicos profissionais abrem a programação, comandados pelo guitarrista e compositor Kurt Rosenwinkel (das 11h30 às 13h) e pelo baixista e compositor Michael League (13h às 14h30), líder da banda Snarky Puppy.

Logo em seguida começam os shows. Às 14h, a dupla Salomão Soares (piano) e Vanessa Moreno (voz) abre o programa, que também inclui a cantora Anna Setton (às 16h) e a banda Bixiga 70, que tem a cantora Tulipa Ruiz como convidada (às 1730). Tanto os workshops como os shows serão transmitidos online pelo canal da agência InHaus, no YouTube: bit.ly/2StgSkp

                          

Clubes na pandemia: JazzB e JazzNosFundos fazem campanha para não fechar

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                                                                           A Nelson Ayres Big Band, em show no clube JazzB

A cidade de São Paulo corre o risco de perder dois de seus palcos mais ativos, na veiculação do jazz e da música instrumental brasileira. Sem apresentações desde o início da quarentena (em março), os clubes JazzNosFundos e JazzB tiveram que recorrer a uma campanha de financiamento coletivo para não fechar as portas definitivamente.

As contribuições podem ser feitas por meio da plataforma Benfeitoria, até 29/11, no site benfeitoria.com/jazz. Entre as diversas recompensas para quem colaborar há placas com os nomes dos benfeitores, uma obra de arte de arte de Máximo Levy (fundador do JazzNosFundos), vinhos e camisetas.

“Durante todos esses meses, trabalhamos nos bastidores vendendo o estoque de bebidas, procurando por parceiros, tentando linhas de crédito em instituições públicas e privadas, submetendo projetos em editais, produzindo conteúdo on-line, mas sem sucesso”, explica Levy. “Agora chegamos no nosso limite e precisamos de ajuda para não só encerrar os pagamentos que iniciamos em março, mas também para continuar nosso sonho”.

Jazzistas de prestígio no cenário internacional, como a clarinetista israelense Anat Cohen, o guitarrista americano Mike Moreno e a cantora francesa Camille Bertaut já se apresentaram nesses clubes, assim como craques do instrumental nacional, como Hamilton de Holanda, Nelson Ayres, André Mehmari e Toninho Horta. Sem esses dois palcos paulistanos, centenas de músicos vão perder espaço para exibirem seus trabalhos.  

Bourbon Street: clube paulistano reabre com Nuno Mindelis, em tributo a B.B. King

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                                                                                                        O guitarrista e bluesman Nuno Mindelis 

Uma notícia animadora para os paulistanos apreciadores do blues, do jazz e da black music, que já estavam com saudades de um bom show ao vivo, depois de tantos meses trancafiados por causa da quarentena. O Bourbon Street Music Club, uma das melhores casas do gênero na América Latina, reabre nesta quinta-feira (dia 15/10), de cara nova.

A charmosa casa noturna, que já existe há quase 27 anos, no bairro de Moema (zona sul de São Paulo), ganhou um novo espaço: o Bourbon Street Jazz Café, que vai funcionar também durante o dia. Com um ambiente mais claro e arejado por quatro janelões, esse café será integrado à calçada da rua dos Chanés, que já sediou várias edições do Bourbon Street Fest.

A atração da noite de reinauguração será o guitarrista e bluesman angolano Nuno Mindelis, que vai apresentar uma homenagem ao grande B.B. King (1925-2015), com participação do guitarrista Tuco Marcondes. A escolha tem tudo a ver com a história da casa: além das várias temporadas de shows que liderou no Bourbon Street, o lendário “rei do blues” também a inaugurou, em 1993.

Entre as atrações deste mês, no Bourbon Street, destacam-se: o cantor Tony Gordon (16/10); o cantor e violonista Toquinho (com Camila Faustino e Nailor Proveta, dia 17/10); André Frateschi & Miranda Kassin (18/10); o trombonista Joabe Reis (22/10); a banda Serial Funkers (24/10); e “Elis e Eu”, talk show de João Marcelo Bôscoli (25/10).

Reservas pelo tel. (11) 5095-6100

Guinga: 70 anos do compositor e violonista serão festejados em lives gratuitas

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                                                         Leila Pinheiro e Guinga / Foto de Renato Mangolin/Divulgação 

A estreia chegou a acontecer, em março, no palco do CCBB Rio de Janeiro, mas o projeto foi interrompido pela quarentena. Nada mais justo que a série de shows planejada para comemorar os 70 anos de Guinga – um dos grandes compositores da moderna canção brasileira, além de brilhante craque do violão – seja retomada, no formato de lives gratuitas. 

A série Guinga e as Vozes Femininas, que começa hoje (quinta, 8/10), às 20h, será composta por nove shows. Com seu inseparável violão, Guinga recebe em cada apresentação uma cantora e um instrumentista. O repertório, extraído da preciosa obra musical desse compositor carioca, também varia a cada noite.

Hoje, na nova estreia da série, Guinga recebe a cantora Leila Pinheiro e o violonista Marcus Tardelli. Na sequência, ele vai dividir o palco com: Cíntia Graton e Tardelli (15/10); Simone Guimarães e o violonista Jean Charnaux (22/10); Anna Paes e o clarinetista Pedro Paes (25/10); Bruna Moraes e Charneux (29/10); Ana Carolina e Charneux (1/11); Ilessi e Charneux (5/11); Luísa Lacerda e o saxofonista Zé Nogueira (8/11); e, novamente, Leila Pinheiro e Tardelli (12/11).

O projeto inclui também um ciclo de palestras ministradas pela cantora e violonista Anna Paes, que já pesquisa a obra do compositor há duas décadas. Serão três palestras: “Guinga e Paulo César Pinheiro” (em 24/10, às 20h); “Guinga, Memória, História e Identidade” (31/10) e “Viva Aldir! A parceria entre Guinga e Aldir Blanc” (7/11). Finalmente, o próprio Guinga oferece uma masterclass intitulada “A influência de Villa-Lobos e Tom Jobim na obra do compositor” (10/10, às 20h).

Para assistir: youtube.com/bancodobrasil

 

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