O contrabaixista e compositor Marcos Paiva / Foto: Mauricio Landini
A série de concertos, em quatro sábados de outubro e novembro, começa no dia 7/10, com a apresentação do quarteto do contrabaixista e compositor Marcos Paiva. A seguir, textos que escrevi para apresentar os músicos selecionados para essa série.
Improvisos e influências: a música instrumental
brasileira em grande fase
Diferentemente da cena da canção popular brasileira, que durante a última década tem se mostrado (com raras exceções) pouco inspiradora, a música instrumental criada em nosso país não só se renovou como vive neste século um período de produção intensa, diversificada e de alta qualidade.
Há quem prefira chama-la de jazz brasileiro, já que se trata de uma vertente musical que utiliza com frequência o recurso inventivo da improvisação. Aliás, a influência do jazz tem se manifestado em nossa música instrumental, em maior ou menor medida, desde as primeiras décadas do século 20: de sambas e choros do pioneiro mestre Pixinguinha (1897-1973) à hoje cultuada obra do maestro e compositor Moacir Santos (1926-2006), que se radicou nos Estados Unidos.
Assim como nossa música instrumental desenvolve há décadas diálogos com o choro, com o samba e a bossa nova, sem falar nos ritmos regionais brasileiros, entre suas influências também está a da música erudita, tanto a clássica como a contemporânea. Essa profusão de referências caracteriza os quatro concertos desta série, que destaca alguns dos mais talentosos músicos e grupos da cena atual da música instrumental brasileira.
Programação
Há quem prefira chama-la de jazz brasileiro, já que se trata de uma vertente musical que utiliza com frequência o recurso inventivo da improvisação. Aliás, a influência do jazz tem se manifestado em nossa música instrumental, em maior ou menor medida, desde as primeiras décadas do século 20: de sambas e choros do pioneiro mestre Pixinguinha (1897-1973) à hoje cultuada obra do maestro e compositor Moacir Santos (1926-2006), que se radicou nos Estados Unidos.
Assim como nossa música instrumental desenvolve há décadas diálogos com o choro, com o samba e a bossa nova, sem falar nos ritmos regionais brasileiros, entre suas influências também está a da música erudita, tanto a clássica como a contemporânea. Essa profusão de referências caracteriza os quatro concertos desta série, que destaca alguns dos mais talentosos músicos e grupos da cena atual da música instrumental brasileira.
Programação
7/10 – Marcos Paiva Quarteto
O trio do contrabaixista e compositor paulista chamou atenção em 2015 com o álbum “Choroso”, no qual abordou o choro com a linguagem do jazz moderno. Agora, à frente de um quarteto, Paiva esboça novas releituras desse gênero instrumental brasileiro, incluindo composições inspiradas na obra de Irineu Batina (1863-1914), professor de Pixinguinha. “Reler o passado com os olhos do presente” é o slogan de Paiva.
21/10 – Projeto B
Com quatro discos lançados, o quinteto paulista tem construído um repertório que mistura música erudita contemporânea, música instrumental brasileira e jazz de vanguarda, com muita improvisação. Sua fonte de inspiração é o conturbado ambiente das megalópoles, onde a diversidade cultural convive com o caos urbano. “Não existe uma linha divisória entre a música erudita e a popular”, afirma o guitarrista Yvo Ursini.
11/11 – Teco Cardoso e Tiago Costa
“Erudito popular... e vice-versa”, o título do álbum que o pianista Tiago Costa e o saxofonista e flautista Teco Cardoso lançaram em 2016, é revelador. Com um repertório eclético, que combina composições próprias e pérolas de Moacir Santos, Ernesto Nazareth e John Williams, o duo idealiza uma ponte entre o erudito e o popular – segundo Cardoso, sem assumir “grandes compromissos com as regras de nenhum dos mundos que ela une”.
25/11 – André Mehmari
O pianista e compositor radicado em São Paulo já apontou a preguiça dos que insistem em separar os universos da música clássica e da música popular. “Eles preferem que esses mundos sejam estanques”, comenta Mehmari, cujas composições já foram interpretadas por algumas das principais orquestras e grupos de câmara do país. Como solista internacional, ele tem frequentado conceituados festivais de jazz e salas de concerto.
Mais informações no site da CPFL
21/10 – Projeto B
Com quatro discos lançados, o quinteto paulista tem construído um repertório que mistura música erudita contemporânea, música instrumental brasileira e jazz de vanguarda, com muita improvisação. Sua fonte de inspiração é o conturbado ambiente das megalópoles, onde a diversidade cultural convive com o caos urbano. “Não existe uma linha divisória entre a música erudita e a popular”, afirma o guitarrista Yvo Ursini.
11/11 – Teco Cardoso e Tiago Costa
“Erudito popular... e vice-versa”, o título do álbum que o pianista Tiago Costa e o saxofonista e flautista Teco Cardoso lançaram em 2016, é revelador. Com um repertório eclético, que combina composições próprias e pérolas de Moacir Santos, Ernesto Nazareth e John Williams, o duo idealiza uma ponte entre o erudito e o popular – segundo Cardoso, sem assumir “grandes compromissos com as regras de nenhum dos mundos que ela une”.
25/11 – André Mehmari
O pianista e compositor radicado em São Paulo já apontou a preguiça dos que insistem em separar os universos da música clássica e da música popular. “Eles preferem que esses mundos sejam estanques”, comenta Mehmari, cujas composições já foram interpretadas por algumas das principais orquestras e grupos de câmara do país. Como solista internacional, ele tem frequentado conceituados festivais de jazz e salas de concerto.
Mais informações no site da CPFL
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