Toninho Horta, Liminha, Marcos Suzano e Jaques Morelenbaum
Bastante requisitados nos estúdios de gravação durante as últimas décadas, esses quatro conceituados músicos nem imaginaram que um dia formariam um “supergrupo” como este. O Shinkansen é uma das atrações da quinta edição do CopaFest, evento de música instrumental brasileira, que vai agitar o salão Cristal do Hotel Copacabana Palace, no Rio, de 1 a 3/11 (quinta a sabado).
Bastante requisitados nos estúdios de gravação durante as últimas décadas, esses quatro conceituados músicos nem imaginaram que um dia formariam um “supergrupo” como este. O Shinkansen é uma das atrações da quinta edição do CopaFest, evento de música instrumental brasileira, que vai agitar o salão Cristal do Hotel Copacabana Palace, no Rio, de 1 a 3/11 (quinta a sabado).
O
idealizador do quarteto foi o violonista e compositor mineiro Toninho Horta, um dos líderes
do lendário Clube da Esquina. No ano passado, durante as gravações de seu novo
CD “Harmonia e Vozes”, ele formou o Shinkansen, pensando em levar o baixista e
produtor Liminha (ex-Mutantes) ao Japão pela primeira vez.
“Liguei
para o Marcos Suzano, que já esteve lá mais de 30 vezes, e gostou logo da
ideia”, conta Horta. “Como ele e Liminha são músicos mais percussivos,
pensei então que precisava de um companheiro nas harmonias. Daí lembrei do
Jaques Morelenbaum, que também já tocou muito no Japão. Logo marcamos uma
sessão de uma semana para gravar o disco”.
Ex-parceiro
de Gilberto Gil e Lenine, o percussionista carioca Marcos Suzano diz que as
gravações foram estimulantes. “O disco ficou bacana porque tem a cara dos
quatro. Não houve uma direção, na hora de gravar. Foi um bate-bola bem maneiro”,
compara.
“O
mais incrível é a sonoridade desse grupo, por causa das contribuições de cada
um. O som é de banda elétrica, um pouco mais pesado, com muito equipamento”, analisa
Horta, que encostou seu violão, nesse projeto, para se concentrar na guitarra.
Com
lançamento previsto para março de 2013, o CD de estreia do Shinkansen (nome inspirado no trem-bala
japonês) reúne composições inéditas dos quatro músicos, algumas feitas
especialmente para esse álbum.
É
o caso de “Sayonara in Narita”, segundo Horta, “um samba bem carioca”. Já
a faixa “Sakura”, inspirada no ritual japonês que festeja o florescer das cerejeiras,
“é uma música bem leve”, descreve o compositor de ambas.
“As
músicas do Liminha têm aquela coisa do ‘groove’ e melodias simples. O Suzano
aparece com um lado eletrônico misturado com percussão real. Já as músicas do
Jaquinho, de formação mais erudita, têm contracantos e seguem caminhos
diferentes”, revela Horta, animado com as novas parcerias.
Na primeira noite do CopaFest, o pianista carioca Eumir Deodato faz uma retrospectiva de seus sucessos no mundo, exibindo arranjos que escreveu para figurões do jazz e do pop, acompanhado por um noneto, com alguns dos melhores instrumentistas do Rio.
Produtor atuante na cena atual da música brasileira, o carioca Kassin
interpreta a trilha sonora que fez para o animê “Michiko e Hatchin”, na sexta-feira. A noite termina com a estreia oficial do quarteto Shinkansen.
O show de sábado começa com o guitarrista baiano Pepeu Gomes, um dos fundadores dos Novos Baianos e ex-parceiro de Baby
Consuelo, que vai se concentrar na faceta instrumental de sua obra. Depois, o veterano Wilson das Neves, mestre da bateria e do samba carioca, revisita o repertório de seu cultuado álbum “O Som Quente É o das Neves” (1976). Para dançar ou só ouvir com prazer.
(texto publicado parcialmente na "Folha de S. Paulo", em 1/11/2012
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