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New Orleans Jazz & Heritage Festival: evento musical antecipa sua atrações para 2012
Marcadores: al green, david sanborn, dianne reeves, ellis marsalis, esperanza spalding, Herbie Hancock, New Orleans Jazz and Heritage Fest, Poncho Sanchez, sharon jones, terence blanchard, Trombone Shorty | author: Carlos CaladoDemonstrando seu interesse em atrair um maior número de turistas, o New Orleans Jazz & Heritage Festival antecipou em um mês o anúncio de sua próxima edição, que vai acontecer de 27/4 a 6/5 de 2012. Grandes atrações de vários gêneros musicais, como Herbie Hancock (na foto ao lado), Al Green (na imagem abaixo), Sharon Jones & The Dap Kings, Esperanza Spalding, Eagles, Foo Fighters, Dianne Reeves, Jannele Monáe, James Cotton, David Sanborn, Regina Carter, Poncho Sanchez, Bonnie Raitt, Jill Scott e Tom Petty, entre muitas outras, prometem um festival com artistas de peso para todos os gostos.
Um dos maiores eventos musicais do mundo, o Jazz Fest de New Orleans mantém há quatro décadas sua eclética receita sonora. Graças aos 12 palcos que exibem simultaneamente suas atrações, ao ar livre, na área do Fairgrounds (o hipódromo local), novamente vai oferecer mais de 400 shows concentrados nas sete tardes de sua programação principal.
Atrações internacionais do jazz, do blues, do soul, do R&B e outros segmentos da black music, até do pop e do rock, se revezam no Jazz Fest, todos os anos. Mas seu grande diferencial está mesmo nas centenas de excelentes músicos e bandas locais, como Trombone Shorty, Neville Brothers, Allen Toussaint, Terence Blanchard, Doctor John, Astral Project, John Boutté, Galactic, Irma Thomas, Jon Cleary, Walter “Wolfman” Washington, Donald Harrison, Irvin Mayfield, Big Sam’s Funky Nation, Ellis Marsalis, Luther Kent, Leah Chase ou a Preservation Hall Jazz Band, que vai festejar seu 50º aniversário em 2012. Quem já teve a chance de ouvi-los ao vivo, sabe que esses músicos são capazes de se destacar em qualquer evento do gênero no mundo.
Repito aqui uma dica que costumo dar aos amigos interessados em conhecer New Orleans. Essa é a melhor época do ano para se visitá-la, tanto pelo clima quente e pouco chuvoso, como pela oportunidade de se ouvir, em poucos dias, os melhores artistas e bandas dessa cidade tão musical.
Mais informações sobre o próximo New Orleans Jazz Fest, no site oficial:
http://www.nojazzfest.com/
41º New Orleans Jazz & Heritage Festival: uma cidade festiva com a auto-estima em ascensão
Marcadores: Bourbon Street Fest, Christian Scott, New Orleans Jazz and Heritage Fest, tremé | author: Carlos Calado
Quase cinco anos após a tragédia provocada pelo furacão Katrina, a cidade de Nova Orleans parece ter dado sua definitiva volta por cima. A produção do 41º Jazz & Heritage Festival, encerrado neste domingo, não divulgou o número de espectadores, mas as multidões vistas nos sete dias de shows indicam que o evento voltou a atrair mais de 500 mil pessoas.
Apesar da previsão de chuvas para o último final de semana, o tempo colaborou. Como se tivesse sido programado, o temporal que caiu anteontem sobre a cidade só começou minutos após o encerramento dos shows de Neville Brothers, B.B. King, Maze, Wayne Shorter e Radiators, atrações finais do domingo.
A ausência de Aretha Franklin, que já havia cancelado seu show no ano passado, não chegou a prejudicar o evento. Ao anunciar a banda Earth, Wind & Fire (na foto acima) para substituí-la, o produtor Quint Davis evitou mencionar o novo “forfait” da cantora, mas aproveitou a ocasião para fazer um comentário que excitou a platéia: “Podem tentar nos afogar, podem jogar óleo sobre nós, mas a alma dessa cidade continua viva em sua música”.
Ver músicos locais, como o cantor John Boutté, o trompetista Kermit Ruffins ou o trombonista Troy “Trombone Shorty” Andrews, serem aplaudidos com a mesma euforia dedicada aos astros internacionais, indica que a auto-estima da cidade está em franca ascensão graças à repercussão da série de TV “Tremé”, produção do canal HBO que aborda o período pós-Katrina.
Um exemplo desse momento especial vivido por Nova Orleans e seus músicos é o trompetista Christian Scott, 27, que tocou no sábado como solista da banda do veterano baixista Marcus Miller. Ao recriar faixas do álbum “Tutu” (que Miller gravou com Miles Davis, em 1986), Scott foi tão aplaudido quanto o líder, demonstrando personalidade nos improvisos. Talento que a platéia paulista também poderá conferir no próximo dia 19, já que Scott vai abrir a terceira edição do festival Bridgestone Music.
Outras atrações do festival de Nova Orleans poderão ser apreciadas pelos paulistas em breve. Presente no evento, como faz há mais de duas décadas, o produtor Edgard Radesca já confirmou à Folha os nomes de Trombone Shorty, do pianista Jon Cleary e do acordeonista Terrance Simien, no elenco da próxima edição do Bourbon Street Fest, agendado para agosto.
Texto publicado parcialmente na "Folha de S. Paulo" em 4/05/2010
Apesar da previsão de chuvas para o último final de semana, o tempo colaborou. Como se tivesse sido programado, o temporal que caiu anteontem sobre a cidade só começou minutos após o encerramento dos shows de Neville Brothers, B.B. King, Maze, Wayne Shorter e Radiators, atrações finais do domingo.
A ausência de Aretha Franklin, que já havia cancelado seu show no ano passado, não chegou a prejudicar o evento. Ao anunciar a banda Earth, Wind & Fire (na foto acima) para substituí-la, o produtor Quint Davis evitou mencionar o novo “forfait” da cantora, mas aproveitou a ocasião para fazer um comentário que excitou a platéia: “Podem tentar nos afogar, podem jogar óleo sobre nós, mas a alma dessa cidade continua viva em sua música”.
Ver músicos locais, como o cantor John Boutté, o trompetista Kermit Ruffins ou o trombonista Troy “Trombone Shorty” Andrews, serem aplaudidos com a mesma euforia dedicada aos astros internacionais, indica que a auto-estima da cidade está em franca ascensão graças à repercussão da série de TV “Tremé”, produção do canal HBO que aborda o período pós-Katrina.
Um exemplo desse momento especial vivido por Nova Orleans e seus músicos é o trompetista Christian Scott, 27, que tocou no sábado como solista da banda do veterano baixista Marcus Miller. Ao recriar faixas do álbum “Tutu” (que Miller gravou com Miles Davis, em 1986), Scott foi tão aplaudido quanto o líder, demonstrando personalidade nos improvisos. Talento que a platéia paulista também poderá conferir no próximo dia 19, já que Scott vai abrir a terceira edição do festival Bridgestone Music.
Outras atrações do festival de Nova Orleans poderão ser apreciadas pelos paulistas em breve. Presente no evento, como faz há mais de duas décadas, o produtor Edgard Radesca já confirmou à Folha os nomes de Trombone Shorty, do pianista Jon Cleary e do acordeonista Terrance Simien, no elenco da próxima edição do Bourbon Street Fest, agendado para agosto.
Texto publicado parcialmente na "Folha de S. Paulo" em 4/05/2010
41° New Orleans Jazz & Heritage Festival: Trombone Shorty é um dos destaques
Marcadores: Bourbon Street Fest, New Orleans Jazz and Heritage Fest, tremé, Trombone Shorty | author: Carlos Calado
Aos 24 anos, ele representa como nenhum outro músico jovem de Nova Orleans o destaque que essa cidade, conhecida como “berço do jazz”, tem conquistado nos EUA e na mídia internacional, especialmente após a estréia da série de TV “Tremé” (produção do canal pago HBO) e a inusitada vitória dos Saints, o time local de futebol americano, no Superbowl.
Mais conhecido como Trombone Shorty, o músico Troy Andrews acaba de lançar “Backatown” (selo Verve Forecast/Universal), seu primeiro CD produzido e distribuído por uma gravadora multinacional, com participações do astro pop Lenny Kravitz e do pianista Allen Toussaint, veterano da música local. No próximo domingo, esse trombonista e compositor se apresenta com sua banda Orleans Avenue no encerramento da 41ª edição do New Orleans Jazz & Heritage
Festival, um dos maiores eventos musicais do mundo, onde tocou pela primeira vez com apenas 4 anos de idade.
“O Jazz Fest, como o chamamos em Nova Orleans, é muito importante em vários aspectos, não só para a economia da cidade, mas também para seus músicos”, diz Shorty, em entrevista à Folha. “Centenas de milhares de pessoas, vindas de muitos lugares, freqüentam nosso festival todos os anos. Além de se apaixonar pela cidade, elas descobrem os artistas e bandas locais e assim começam a acompanhar suas carreiras”.
Shorty, que atuou em alguns episódios de “Tremé”, se mostra bastante excitado pela repercussão da série. “Acho que ‘Tremé’ está contribuindo para que Nova Orleans seja colocada de uma vez por todas no mapa. Já era tempo de nossa cultura receber o reconhecimento que ela merece há mais de um século”, afirma o músico, que nasceu e cresceu nas proximidades da área de Tremé, subdistrito de New Orleans, retratada pela série.
Com shows confirmados em São Paulo, no próximo Bourbon Street Fest (de 14 a 22/8), Shorty avisa que trará ao Brasil a mesma banda e basicamente o mesmo repertório que vai exibir no festival de Nova Orleans. “Nosso som é extremamente dançante e energético. Nós o chamamos de ‘supafunkrock’, porque mistura rock, soul e funk com muita energia. Será uma festa tão animada quanto o carnaval do Brasil ou o de Nova Orleans”, compara.
Um dos raros músicos da Louisiana contratado hoje por uma grande gravadora, com distribuição internacional, Shorty também vai participar nesta semana do Sync Up, um simpósio anual sobre o mercado da música, que acontece em Nova Orleans. Sua carreira será debatida como um caso de sucesso.
“Só tenho 24 anos, mas comecei cedo e já tenho bastante para contar”, diz, consciente que já se transformou em um modelo imitado por muitos garotos da cidade que pretendem ser músicos. “Essa é outra razão pela qual quero progredir cada vez mais em minha carreira. Meu instrumento já me abriu muitas portas, é o meu passaporte”.
O New Orleans Jazz & Heritage Festival segue de hoje a domingo, com shows de Aretha Franklin, Elvis Costello, Pearl Jam. B.B. King e Wayne Shorter entre outros destaques. A expectativa é de que o evento bata seu recorde de público, aproximando-se de 600 mil expectadores.
Texto publicado parcialmente na "Folha de S. Paulo", em 29/04/2010
Mais conhecido como Trombone Shorty, o músico Troy Andrews acaba de lançar “Backatown” (selo Verve Forecast/Universal), seu primeiro CD produzido e distribuído por uma gravadora multinacional, com participações do astro pop Lenny Kravitz e do pianista Allen Toussaint, veterano da música local. No próximo domingo, esse trombonista e compositor se apresenta com sua banda Orleans Avenue no encerramento da 41ª edição do New Orleans Jazz & Heritage
Festival, um dos maiores eventos musicais do mundo, onde tocou pela primeira vez com apenas 4 anos de idade.
“O Jazz Fest, como o chamamos em Nova Orleans, é muito importante em vários aspectos, não só para a economia da cidade, mas também para seus músicos”, diz Shorty, em entrevista à Folha. “Centenas de milhares de pessoas, vindas de muitos lugares, freqüentam nosso festival todos os anos. Além de se apaixonar pela cidade, elas descobrem os artistas e bandas locais e assim começam a acompanhar suas carreiras”.
Shorty, que atuou em alguns episódios de “Tremé”, se mostra bastante excitado pela repercussão da série. “Acho que ‘Tremé’ está contribuindo para que Nova Orleans seja colocada de uma vez por todas no mapa. Já era tempo de nossa cultura receber o reconhecimento que ela merece há mais de um século”, afirma o músico, que nasceu e cresceu nas proximidades da área de Tremé, subdistrito de New Orleans, retratada pela série.
Com shows confirmados em São Paulo, no próximo Bourbon Street Fest (de 14 a 22/8), Shorty avisa que trará ao Brasil a mesma banda e basicamente o mesmo repertório que vai exibir no festival de Nova Orleans. “Nosso som é extremamente dançante e energético. Nós o chamamos de ‘supafunkrock’, porque mistura rock, soul e funk com muita energia. Será uma festa tão animada quanto o carnaval do Brasil ou o de Nova Orleans”, compara.
Um dos raros músicos da Louisiana contratado hoje por uma grande gravadora, com distribuição internacional, Shorty também vai participar nesta semana do Sync Up, um simpósio anual sobre o mercado da música, que acontece em Nova Orleans. Sua carreira será debatida como um caso de sucesso.
“Só tenho 24 anos, mas comecei cedo e já tenho bastante para contar”, diz, consciente que já se transformou em um modelo imitado por muitos garotos da cidade que pretendem ser músicos. “Essa é outra razão pela qual quero progredir cada vez mais em minha carreira. Meu instrumento já me abriu muitas portas, é o meu passaporte”.
O New Orleans Jazz & Heritage Festival segue de hoje a domingo, com shows de Aretha Franklin, Elvis Costello, Pearl Jam. B.B. King e Wayne Shorter entre outros destaques. A expectativa é de que o evento bata seu recorde de público, aproximando-se de 600 mil expectadores.
Marva Wright: morreu uma das estrelas do blues e do gospel de Nova Orleans
Marcadores: blues, Bourbon Street Fest, gospel, Marva Wright, new orleans, New Orleans Jazz and Heritage Fest | author: Carlos CaladoOs paulistanos que frequentam o Bourbon Street Music Club tinham um carinho especial por ela. Depois de sua primeira temporada em Sâo Paulo, em 1994, a cantora Marva Wright, estrela do blues de New Orleans, retornou várias vezes à cidade para atender aos pedidos de um fã-clube que não parava de crescer. Sua úlltima visita foi em 2007, como atração do 5º Bourbon Street Fest. Quem a viu cantando sentada no palco, percebeu que sua saúde já não andava bem.
Fiz a foto acima durante um concerto em tributo à grande lady do gospel, Mahalia Jackson (1911-1972), na edição de 2008 do New Orleans Jazz & Heritage Festival. Na próxima edição desse evento, daqui a um mês, Marva certamente será homenageada. Os clubes da cidade e o Jazz Fest vão ficar mais tristes sem ela.
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