Em entrevistas, Chico tem dito que esse CD tem dois lados diversos. Em um deles, o compositor desfia canções que falam de sua intimidade, como “Palavra Mágica”, “Atravessa-me” ou a própria faixa-título, cheias de romantismo. Por outro lado, há canções de viés social, como o reggae “Negão”, que aborda o racismo, ou a indignada “Reis do Agronegócio” (parceria com Carlos Rennó), com certa influência de Bob Dylan. Ainda nessa linha, “No Sumaré”, um samba agridoce ao estilo de Adoniran Barbosa, também denuncia o preconceito. Por essas e outras, Chico César já estava fazendo falta.
(Resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", edição de 28/11/2015)
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