Carlos Malta & Pife Muderno: clássicos da canção brasileira em linguagem original

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Um disco de música popular brasileira, gravado ao vivo em um dos teatros mais conceituados da China, pode parecer algo inusitado. Mas não para quem já ouviu a música contagiante do flautista Carlos Malta e seu grupo Pife Muderno, cujas melodias, ritmos e texturas sonoras são capazes de encantar plateias em qualquer lugar do mundo. Até porque essa música -- registrada agora no CD "Ao Vivo na China" (lançamento Delira Música) -- independe completamente da comunicação verbal.

Além dos pífanos e flautas de Malta, o sexteto Pife Muderno destaca também as flautas de Andrea Ernest Dias, o pandeiro de Marcos Suzano e a percussão de Oscar Bolão. Depois de 20 anos juntos, eles desenvolveram uma linguagem tão original que suas releituras de clássicos da canção brasileira, como “Ponteio” (Edu Lobo), “Qui Nem Jiló” ou “Asa Branca” (ambas de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), ou até mesmo as composições do grupo, soam como músicas ancestrais. É o poder mágico dos “pifes”. 

(Resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", em 30/05/2015)
 

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