Nana Caymmi: em perfil cinematográfico da cantora, diretor franco suíço força demais

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Só o fato de homenagear a cantora Nana Caymmi com um documentário, algo que nenhum cineasta brasileiro fez antes dele, já é um inegável mérito do diretor franco-suíço Georges Gachot. Pena que “Rio Sonata” (lançamento em DVD pela Biscoito Fino), filme de produção tumultuada que levou seis anos para ser concluído, seja bem inferior ao sensível retrato que Gachot fez de Maria Bethânia, em “Música É Perfume” (2005).

Ao tentar traçar uma relação direta entre o canto melancólico de Nana e o Rio de Janeiro, o cineasta força demais. Falha também ao incluir depoimentos e trechos de shows que não se sustentam, como os de Mart’nália. Parece até que não tinha material suficiente para um longa-metragem.


Mesmo assim, o filme revela um pouco da complexa personalidade de Nana, grande intérprete, emotiva e de voz sublime, que fora do palco se mostra angustiada, egocêntrica, crítica ou divertida, em meio a um palavrão e outro. Gachot consegue ao menos desconstruir a aparente imagem de diva, que a própria Nana não parece levar a sério. 

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