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Choraço: Alexandre Ribeiro homenageia o grande Paulo Moura com choros de gafieira

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                                    O clarinetista Alexandre Ribeiro, com Allan Abbadia (trombone) e Cleber Silveira 


Em mais uma noite do projeto Choraço (ontem, no teatro do Sesc 24 de Maio, em São Paulo), o show Baile do Ribeiro resgatou para a alegria da plateia um repertório dançante associado à obra do grande clarinetista, compositor e arranjador Paulo Moura (1932-2010).

Como Moura passou a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro, muitos não sabem que esse mestre da música instrumental brasileira nasceu em São José do Rio Preto, no interior paulista. Além de tocar muito jazz e música clássica, ele tinha paixão pelo universo das gafieiras – os salões de baile periféricos, onde se cultivavam estilos particulares de choro e samba, perfeitos para acompanhar os passos dos dançarinos.

O talentoso clarinetista Alexandre Ribeiro, discípulo de Moura, comandou um octeto de craques instrumentistas, formado por Swami Jr. (baixo e violão), Cainã Cavacante (violão de sete cordas), Celso Almeida (bateria), Henrique Araújo (cavaquinho), 
Allan Abbadia (trombone), Cleber Silveira (acordeon) e Leo Rodrigues (percussão).

 A 
descontraída homenagem incluiu momentos mais líricos, como o emotivo choro “Carinhoso” (de Pixinguinha e Braguinha), que a plateia cantou junto com Verônica Ferriani – cantora convidada da noite. A pandeirista Roberta Valente também fez uma participação especial.  

Se estivesse ontem no Teatro do Sesc 24 de Maio, Paulo Moura certamente se sentiria orgulhoso por constatar que sua paixão pelos choros e pelos sambas de gafieira continua a animar e influenciar novas gerações.


Borandá: gravadora festeja 10 anos investindo em música de alta qualidade

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                                                         A cantora Sandra Fidalgo e o acordeonista Toninho Ferragutti

Os felizardos que lotaram ontem as mesas do Bona, em São Paulo, para ver o show comemorativo dos 10 anos da gravadora Borandá, já sabiam que a noite seria especial. Com oito craques da música instrumental e duas cantoras de alto quilate se revezando no pequeno palco, ninguém poderia esperar por menos.

Responsável pela produção e distribuição de dezenas de discos de música brasileira contemporânea, tanto instrumental como vocal, a Borandá manteve durante sua primeira década de vida um padrão de alta qualidade. Com seu catálogo recheado de ótimos discos, não deve ter sido fácil escolher o elenco de ontem.

Num show com mais de duas horas de duração, com tantas belezas musicais e demonstrações de virtuosismo instrumental, só vou destacar algumas surpresas. Como o clássico fado “Estranha Forma de Vida” (de Amália Rodrigues e Alfredo Duarte), interpretado com muita emoção pela cantora portuguesa Sandra Fidalgo e um inusitado toque de tango adicionado pelo acordeonista Toninho Ferragutti. Aliás, essa dupla acaba de lançar, pela Borandá, o CD “Paisagem Verde”. 


Intensa também foi a versão de “Corsário” (de João Bosco), que confirmou o conhecido talento da cantora Verônica Ferriani, muito bem acompanhada pelos violões de Marco Pereira (ambos na foto ao lado) e Swami Jr. Finalmente, encerrando o show, a suíte com quatro composições de Baden Powell, que o acordeonista Bebê Kramer e Marco Pereira tocaram juntos, foi simplesmente sensacional.

Parabéns a Gisella Gonçalves e Fernando Grecco, diretores da Borandá, assim como à sua talentosa equipe. Que essa pequena e corajosa gravadora continue apostando em música brasileira feita com coração e requinte instrumental. 


Gravação do show dos 10 anos da gravadora Borandá, no site da Boxcast TV

 

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