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Improfest: evento online traz 26 lives com muita música experimental e improvisação

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                                                                                         O percussionista João Parahyba
                                        
Começa hoje (22/3), às 20h, o Improfest (Festival Internacional de Improvisação e Arte Sonora). Depois de exibir atrações em salas de concerto, em transmissões de rádio ou performances em espaços alternativos, esse festival criado em 2007 assume o formato online, o mais seguro em tempos de pandemia.

A live de abertura destaca as participações do poeta e multiartista Ricardo Aleixo, do músico Marco Scarassatti e dos cineastas Ewerton Belico e Luiz Pretti. Durante 26 dias seguidos de programação vão se apresentar pioneiros da música experimental no Brasil, como Livio Tragtenberg, Silvia Ocugne e Panda Gianfratti, além de jovens talentos dessa cena, como Patricia Bizzotto, Nanati Franchischini e Mariana Carvalho.

No concerto de encerramento, em 16/4, o mestre da percussão João Parahyba se encontra com os instrumentistas Danilo Tomic (flauta de bambu) e Paulo Hartmann (guitarra preparada). Acompanhe as lives neste link: improfe.stream

Samba-jazz: projeto reúne veteranos e novos adeptos do gênero em São Paulo

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Vertente instrumental da bossa nova, que ainda segue conquistando novos adeptos e fãs meio século após sua criação, o samba-jazz será ouvido e analisado durante as próximas semanas, em São Paulo. O projeto “Samba Jazz + 50” vai reunir músicos de diversas gerações, para shows e bate-papos, de 15/10 (quinta) a 1º/11, no Sesc Campo Limpo.

Conceituados instrumentistas do gênero, como o percussionista João Parahyba e os pianistas Amilton Godoy (ex-Zimbo Trio) e Laércio de Freitas, destacam-se na programação de shows, ao lado de músicos mais jovens que, nos últimos anos, têm se dedicado a atualizar a linguagem do samba-jazz, como o contrabaixista Marcos Paiva e o trombonista Jorginho Neto, além da big band Projeto Coisa Fina.  


Outro destaque na programação do evento é o show “Samba Jazz: a Origem” (no dia 1º/11, domingo), com o reencontro de cinco veteranos músicos que contribuíram para a gênese do samba-jazz, em boates e estúdios de gravação, na década de 1960. São eles os saxofonistas Hector Costita e Carlos Alberto Alcântara, o contrabaixista Gabriel Bahlis, o pianista Luiz Mello e o baterista Zinho. 

Idealizado pelo músico e jornalista Fernando Lichti Barros (autor dos livros “Casé: Como toca esse rapaz!” e “Do Calypso ao Cha-cha-chá: Músicos em São Paulo na Década de 60”), o projeto inclui também quatro didáticos bate-papos conduzidos por Barros e pelo baixista e arranjador Marcos Paiva, que vão utilizar gravações originais para transmitir à plateia um pouco da história e da linguagem musical do samba-jazz. Detalhe importante: todos os eventos do projeto são gratuitos. Confira a programação completa no site do SESC SP: http://www.sescsp.org.br/programacao/68355_SAMBAJAZZ+50#/content=programacao 








João Parahyba: percussionista e compositor recria a atmosfera do samba-jazz dos anos 1960

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É natural que as gerações mais jovens associem a imagem de João Parahyba ao lendário Trio Mocotó, cujo contagiante samba-rock foi redescoberto e festejado durante a última década. Mas quem acompanha a carreira desse eclético percussionista, compositor e arranjador paulista sabe que ele também já colocou seu talento a serviço da MPB, do jazz, da música instrumental ou até da música eletrônica.

Em "O Samba no Balanço do Jazz" (lançamento SescSP), João Parahyba interpreta com personalidade a atmosfera sonora do samba-jazz – o híbrido subgênero que revigorou a música instrumental brasileira, na década de 1960. “Minha intenção foi fazer uma reverência ao começo de minha vida musical. Fui um privilegiado, porque entrei na música convivendo com Milton Banana, com o Zimbo Trio e o Tamba Trio. Eu era amigo do Luiz Eça, do Bebeto, do César Camargo Mariano e do João Donato. Fui aceito por eles como o caçula dessa seleção”, relembra.

Com a sabedoria de quem conhece a fundo a linguagem do samba-jazz, JP relê aqui alguns clássicos dessa vertente, como “Sambou, Sambou” (João Donato), “Nanã” (Moacir Santos) e “Batida Diferente/Estamos Aí” (Durval Ferreira e Maurício Einhorn). Exibe também saborosas composições próprias que remetem a esse gênero, como “Kurukere” e “Number One”, conduzindo o elegante quinteto que inclui Giba Pinto (baixo), Rudy Arnaut (guitarra), Marcos Romera (piano) e Teco Cardoso (sax barítono e flauta), além das participações de Thiago Costa (piano), Rodrigo Lessa (bandolim), Marcelo Mariano (baixo), Beto Bertrami (piano) e Ubaldo Versolato (flauta e sax barítono).

Três veteranos do gênero também participam do projeto. Mentor musical de JP, Amilton Godoy, o pianista do original Zimbo Trio, contribui com um arranjo de sua composição “Batráquio”, escrito especialmente para o quinteto do percussionista. O compositor e arranjador Laércio “Tio” de Freitas oferece a seu ex-aluno a oportunidade de lançar a inédita bossa “Búzios”. Clayber de Souza, ex-integrante dos cultuados Sambalanço Trio e Jongo Trio, mostra seu virtuosismo à gaita, no jazzístico arranjo que escreveu para o “Trenzinho do Caipira” (Villa-Lobos).

JP também introduz neste álbum seu filho Janja Gomes, autor da sensível valsa-jazz “Valseta”, cuja gravação destaca o emotivo solo de clarinete de Nailor Proveta e um inusitado sample com o argentino Julio Cortázar, declamando um de seus escritos poéticos. Uma bela surpresa que nos faz pensar: embora não seja regra, o talento artístico certamente pode ser transmitido por via genética.

(texto escrito a convite do selo SescSP)

 

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