Marku Ribas: caixa sintetiza trajetória do precursor da black music no Brasil

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Precursor da black music com sotaque brasileiro, o carismático cantor, compositor, violonista e ator mineiro Marku Ribas morreu em abril de 2013, aos 65 anos, sem todo o reconhecimento que merecia. Idealizada para comemorar seus 50 anos de carreira, com a edição de dois CDs e um DVD inéditos, a caixa “Marku 50” (lançamento do selo Ultra Music) tornou-se assim uma homenagem póstuma. 

“Batuki”, álbum gravado em Paris, em 1970, resgata as experiências do grupo homônimo que Marku formou com o gaúcho Wilson Sá Brito e os angolanos Mario Clington e Manuel Gomes, misturando MPB, ritmos afro-brasileiros e angolanos. O CD “Parda Pele” registra um show de Marku, em 1997, com sete composições próprias que mostram a diversidade de suas influências: funk, soul, jazz, ritmos afros, até rock.

 Já o documentário de Carlos França, “Atavu”, também incluído na caixa, compila depoimentos e entrevistas do compositor com trechos de shows e de suas aparições no cinema. Sintetiza a trajetória do artista, sem saciar toda a curiosidade do espectador. A original obra de Marku Ribas merece chegar completa ao grande público.

(resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", edição de 26/10/2013)

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