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John Pizzarelli: guitarrista põe jazz e bossa nova no pop de Paul McCartney

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                                                                                      O guitarrrista e cantor John Pizzarelli

Imagine a surpresa de um músico de jazz ao receber uma mensagem de um popstar como Paul McCartney, sugerindo que grave um disco com releituras de suas canções pós-Beatles. O eleito foi John Pizzarelli, 56, guitarrista e cantor norte-americano, que a plateia paulistana já se acostumou a aplaudir, quase todos os anos, desde 1996.

A sugestão do ex-beatle se concretizou no álbum “Midnight McCartney”, ainda não lançado no mercado brasileiro, cujo repertório Pizzarelli vai exibir em turnê de shows por quatro capitais: São Paulo (dia 7, no Bourbon Street; dia 12, no Teatro Bradesco), Porto Alegre (dia 9, no Teatro Bourbon Country), Belo Horizonte (dia 10, no Land Spirit Club) e Rio de Janeiro (dia 11, no Vivo Rio).

“Foi muito excitante receber essa proposta de Paul McCartney, um de meus cinco heróis na música”, diz o jazzista, falando à "Folha" por telefone, de Nova York. “Mas recordo que também foi muito excitante, em outros momentos de minha carreira, receber telefonemas de Natalie Cole, de Rosemary Clooney ou James Taylor, dizendo que admiravam o que eu faço na guitarra”, comenta.

Lembrando da experiência de já ter gravado um bem-sucedido álbum com releituras de canções da dupla Lennon & McCartney (“Meets the Beatles”, lançado em 1998), Pizzarelli diz não ter sentido qualquer tipo de pressão para gravar algo que, necessariamente, agradasse ao compositor britânico.

“Paul também já conhecia as versões que já fiz para canções de Frank Sinatra, de James Taylor ou de clássicos da bossa nova. Isso é o que eu faço para viver há muito tempo, portanto só me preocupei em produzir o melhor disco que pudesse”, afirma o guitarrista.

No repertório, canções mais ou menos conhecidas de McCartney, como “Hi Hi Hi”, “Let 'Em In” ou “Heart of the Country”, ganharam um tratamento jazzístico. Já “Silly Love Songs” e “My Valentine” aparecem em sofisticados arranjos com sabor de bossa nova, uma das paixões musicais de Pizzarelli.

“O brilho da música brasileira continua me deslumbrando até hoje”, diz o norte-americano, que lançou em 2004 o álbum “Bossa Nova”, com releituras de clássicas canções de Tom Jobim, Newton Mendonça e Vinicius de Moraes, entre outros autores. “É muito bom pensar que já estive 15 ou 16 vezes no Brasil, onde tenho vivido experiências maravilhosas”.

Para mais esta temporada brasileira, o cantor e guitarrista virá acompanhado por um quarteto, que inclui os músicos Paul Keller (baixo acústico), Konrad Paszkudziki (piano) e Kevin Kanner (bateria).

Dez anos após ter se apresentado (em outra entrevista que fiz com ele para a "Folha") como “um músico de jazz que gosta de entreter plateias”, Pizzarelli confirma que essa definição pessoal ainda continua válida, embora já tenha uma intenção a mais.

“Hoje meu objetivo já não é apenas entreter os fãs de John Pizzarelli, mas sim agradar aquele amigo que um fã levou para assistir meu show. Agora minha tarefa é conseguir que esse amigo saia contente do show por ter me conhecido”, conclui, rindo.


(Entrevista publicada no jornal "Folha de S. Paulo", em 7/06/2016)

 

Jazz na Fábrica: segunda edição do festival terá atrações de EUA e Europa, em setembro

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Livre do congestionamento de festivais de jazz e música instrumental, que tem marcado a programação cultural do primeiro semestre no Sudeste do país, o festival Jazz na Fábrica vai retornar em setembro. Sua segunda edição voltará a ocupar durante quatro semanas os palcos do teatro e da choperia do Sesc Pompéia.

Como no ano passado, o elenco desse evento reúne vários estilos de jazz e música instrumental contemporânea, com músicos e grupos originários de diversos países. Diferentemente do que se tem visto em muitos festivais do gênero no país, os preços dos ingressos serão mais uma vez bem acessíveis, variando entre R$ 8 e R$ 32.

Entre os destaques da programação aparecem o trio do veterano pianista norte-americano Cedar Walton (na foto acima), que abre o festival nos dias 6 e 7/9, o baixista e cantor israelense Avishai Cohen (dias 8 e 9/9), o violinista francês Didier Lockwood (dias 8 e 9/9), o violonista norte-americano Ralph Towner (na foto abaixo; dia 14/9), o trompetista suíço Erik Truffaz (dias 15 e 16/9) e o cantor e violonista John Pizzarelli (dias 22 e 23/9).    

O elenco nacional destaca expoentes da música instrumental brasileira, como o pianista César Camargo Mariano (dia 22/9), o violonista Hélio Delmiro (dia 13/9) e os percussionistas Airto Moreira (dias 29 e 30/9) e Cyro Batista (dias 13 e 14/9), ambos radicados há décadas nos Estados Unidos. Aliás, ao menos uma “canja” de Delmiro com Mariano (parceiros no clássico álbum “Samambaia”, lançado em 1981) seria muito bem vinda.

Se você se interessou, é melhor tentar garantir logo seus ingressos porque os shows de eventos e atrações internacionais, no SESC, costumam se esgotar rapidamente. Confira a programação completa do Jazz na Fábrica e outros detalhes sobre o evento, no site do SESC SP.


John Pizzarelli: guitarrista e cantor relê temas dançantes e baladas de Duke Ellington

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Nos mais de 30 álbuns que já gravou, o cantor e guitarrista norte-americano John Pizzarelli tem feito um apanhado de grandes canções do século 20, não só as compostas em seu país, mas também de pérolas dos Beatles ou de clássicos da bossa nova. No recém-lançado “Rockin’ in Rhythm” (Telarc), ele interpreta 14 composições de Duke Ellington (1899-1974), talvez o maior compositor do jazz.

Com a elegância e o bom humor de sempre, Pizzarelli relê temas mais dançantes, como “Satin Doll” e “I’m Beginning to See the Light”, e baladas românticas, como “Solitude” e “All Too Soon”. Arrisca até uma inusitada fusão da quase centenária “East St. Louis Toodle-oo” com a suingada “Don’t Get Around Much Anymore”. Acerta também na divertida versão de “Perdido”, em parceria com os cantores Kurt Elling e Jessica Molaskey, sua mulher. Nada mal para um artista que já se definiu apenas como “um músico de jazz que gosta de entreter platéias”.


(Resenha publicada no "Guia da Folha - Livros, Discos e Filmes", em 28/5/2010)

2º Bourbon Festival Paraty: jazz, blues, soul e R&B ao ar livre neste fim-de-semana

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Quatro anos atrás publiquei na "Folha de S. Paulo" uma reportagem intitulada "Festivais de jazz crescem fora do eixo Rio-SP". Nela, apontei a expansão de eventos desse gênero além das privilegiadas capitais dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esses festivais têm uma característica comum: contando com patrocínios ou apoios de órgãos governamentais, eles contribuem ativamente para incrementar o turismo em suas cidades ou regiões.   

Esse é também o caso do Bourbon Festival Paraty, que realiza sua segunda edição neste final de semana (de 28 a 30/5), oferecendo shows gratuitos e ao ar livre, nas charmosas ruas da cidade histórica de Paraty. O elenco é eclético e destaca atrações internacionais de jazz, blues, soul e R&B, como os guitarristas John Pizzarelli e Stanley Jordan (na foto acima, que vai tocar em duo com o baiano Armandinho) ou os cantores Glen David Andrews (de New Orleans), Victor Brooks e Julie McKnight. Os músicos Léo Gandelman, Bocato e e a big band Big Time Orchestra reforçam o elenco nacional.

Realizado pela Prefeitura de Paraty, o evento é produzido pela equipe do Bourbon Street Fest, que volta a acontecer em agosto, em São Paulo. Confira a programação no site do 2º Bourbon Festival Paraty.





   

 

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