Nem
é preciso ser fanático por trilhas sonoras para apreciar a música desta caixa lançada na
Inglaterra (selo Moochin' About). Os 6 CDs reúnem trilhas de 13 filmes do período 1956-1962, que de
algum modo se relacionam com a Nouvelle Vague – a onda de inovação comandada
por jovens cineastas franceses, como Jean-Luc Godard, François Truffaut e Claude Chabrol, que influenciou
o cinema de diversos países.
A música criada pelo jazzista Miles Davis para “Ascenseur pour L’Échafaud” (Ascensor para o Cadafalso), de Louis Malle, em 1957, soa impactante até hoje. A expressividade do trompete de Davis é um elemento essencial nesse filme, especialmente nas cenas em que a protagonista (vivida por Jeanne Moreau) vaga pelas ruas à procura do amante, que está prestes a cometer um crime.
Não é por acaso que outros músicos de jazz – norte-americanos como o baterista Art Blakey ou o erudito Modern Jazz Quartet, assim como os franceses Barney Wilen, Martial Solal e George Arvanitas – também se destacam nessa antologia. A liberdade do jazz tinha tudo a ver com a irreverência e a inovação da linguagem cinematográfica trazidas pela Nouvelle Vague.
Já a trilha sonora de Tom Jobim e Luiz Bonfá foi a grande responsável pelo sucesso de “Orfeu Negro” (1959), de Marcel Camus. Graças a esse filme muitos tiveram contato pela primeira vez com outra onda (logo batizada de bossa nova) que só viria a explodir no cenário internacional anos depois.
A caixa inclui também as trilhas dos filmes "E Deus Criou a Mulher", "As Ligações Perigosas", "Sait-on Jamais" e "La Bride sur le Cou" (de Roger Vadim), "Os Primos" (de Claude Chabrol), "Acossado" (de Jean-Luc Godard), "Atirem no Pianista" (de François Truffaut), "Bob, le Flambeur" (de Jean-Pierre Melville), "Un Témoin dans la Ville" e "Des Femmes Disparaissent" (de Edouard Molinaro).
A música criada pelo jazzista Miles Davis para “Ascenseur pour L’Échafaud” (Ascensor para o Cadafalso), de Louis Malle, em 1957, soa impactante até hoje. A expressividade do trompete de Davis é um elemento essencial nesse filme, especialmente nas cenas em que a protagonista (vivida por Jeanne Moreau) vaga pelas ruas à procura do amante, que está prestes a cometer um crime.
Não é por acaso que outros músicos de jazz – norte-americanos como o baterista Art Blakey ou o erudito Modern Jazz Quartet, assim como os franceses Barney Wilen, Martial Solal e George Arvanitas – também se destacam nessa antologia. A liberdade do jazz tinha tudo a ver com a irreverência e a inovação da linguagem cinematográfica trazidas pela Nouvelle Vague.
Já a trilha sonora de Tom Jobim e Luiz Bonfá foi a grande responsável pelo sucesso de “Orfeu Negro” (1959), de Marcel Camus. Graças a esse filme muitos tiveram contato pela primeira vez com outra onda (logo batizada de bossa nova) que só viria a explodir no cenário internacional anos depois.
A caixa inclui também as trilhas dos filmes "E Deus Criou a Mulher", "As Ligações Perigosas", "Sait-on Jamais" e "La Bride sur le Cou" (de Roger Vadim), "Os Primos" (de Claude Chabrol), "Acossado" (de Jean-Luc Godard), "Atirem no Pianista" (de François Truffaut), "Bob, le Flambeur" (de Jean-Pierre Melville), "Un Témoin dans la Ville" e "Des Femmes Disparaissent" (de Edouard Molinaro).
(resenha publicada parcialmente no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", edição de 30/8/2014)
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