O pianista Jason Moran
Shows excitantes marcaram a noite de encerramento do 4º Nublu Jazz Festival, ontem, em São Paulo. O trio do pianista Jason Moran e o quarteto do guitarrista John Scofield, músicos norte-americanos bem conceituados na cena do jazz contemporâneo, fizeram vibrar a plateia que encheu a Comedoria do Sesc Belenzinho. Com som e iluminação de Primeiro Mundo, o local tem tudo para sediar outros eventos de caráter internacional.
O conceito desse festival está diretamente ligado à programação do Nublu – clube do Lower East Side, em Nova York, comandado por Ilhan Ersahin, produtor e baterista que também se apresentou na noite de abertura do evento. Jazz, hip hop, eletrônica e músicas de outros países, com destaque para o Brasil, convivem no dia a dia dessa alternativa casa de shows, que também possui uma pequena gravadora.
Shows excitantes marcaram a noite de encerramento do 4º Nublu Jazz Festival, ontem, em São Paulo. O trio do pianista Jason Moran e o quarteto do guitarrista John Scofield, músicos norte-americanos bem conceituados na cena do jazz contemporâneo, fizeram vibrar a plateia que encheu a Comedoria do Sesc Belenzinho. Com som e iluminação de Primeiro Mundo, o local tem tudo para sediar outros eventos de caráter internacional.
O conceito desse festival está diretamente ligado à programação do Nublu – clube do Lower East Side, em Nova York, comandado por Ilhan Ersahin, produtor e baterista que também se apresentou na noite de abertura do evento. Jazz, hip hop, eletrônica e músicas de outros países, com destaque para o Brasil, convivem no dia a dia dessa alternativa casa de shows, que também possui uma pequena gravadora.
Ao lado de Tarus Mateen (baixo elétrico) e Nasheet Waits (bateria), músicos excelentes com o quais formou o trio The Bandwagon mais de uma década atrás, Moran demonstrou àqueles que ainda não conheciam sua música experimental, porque é considerado um dos jazzistas mais inventivos deste século.
O guitarrista John Scofield
O pianista deixou espectadores embasbacados com improvisos que misturam vozes e trechos musicais pré-gravados com influências de Thelonious Monk, Jaki Byard e do jazz de vanguarda. Também arrancou aplausos ao homenagear Hermeto Pascoal, inspirador de seus experimentos de transcrição musical da fala humana. Com as mãos postas e olhando para o céu, Moran referiu-se ao genial músico alagoano como se falasse de uma divindade.
O pianista deixou espectadores embasbacados com improvisos que misturam vozes e trechos musicais pré-gravados com influências de Thelonious Monk, Jaki Byard e do jazz de vanguarda. Também arrancou aplausos ao homenagear Hermeto Pascoal, inspirador de seus experimentos de transcrição musical da fala humana. Com as mãos postas e olhando para o céu, Moran referiu-se ao genial músico alagoano como se falasse de uma divindade.
Aos 63 anos, John Scofield (na foto acima) continua dedilhando suas
cordas com a mesma garra que mostrava na banda de Miles Davis, na década de
1980, mas sem intenções de exibir técnica ou velocidade. Seus solos são
sintéticos e carregados de suingue. Cada nota é muito bem escolhida por ele, como
se quisesse cantar com a guitarra.
Bem humorado, ao apresentar um tema dançante inspirado na
soul music, Scofield contou à plateia que, depois de compô-lo, ficou com receio
de ter copiado alguma canção de Al Green, do qual é fã. “Bem, talvez tenhamos copiado
um pouco, por isso decidimos chama-la de ‘Al Green Song”, disse. Se ouvisse a deliciosa
versão que Scofield e sua Überjam Band tocaram ontem, o reverendo da soul se
sentiria, provavelmente, mais orgulhoso do que garfado.
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