Bossa 60: projeto do Sesc homenageia o estilo musical que conquistou o mundo

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                                                                O violonista Roberto Menescal e a cantora Wanda Sá 

Aos 60 anos, ela ainda não perdeu seu espírito juvenil e poético, muito menos a elegância musical que continua a seduzir fãs de várias gerações. Moderna maneira de interpretar o velho samba que conquistou o mundo, a bossa nova será homenageada em vários eventos do “Bossa 60” – projeto idealizado e produzido pelo Sesc 24 de Maio, em São Paulo.

A programação começa com o reencontro de três astros da bossa, nos dias 23 e 24/1. A cantora Wanda Sá, uma das mais conceituadas intérpretes desse estilo musical, reencontra o violonista Roberto Menescal e o tecladista Marcos Valle – dois dos maiores compositores dessa vertente. Nesse show, eles relembram clássicos da bossa, além de sucessos assinados por Menescal e Valle.

Conhecida desde a década de 1990 como vocalista da banda de rock Pato Fu, Fernanda Takai tem demonstrado sua intimidade com a bossa e a MPB, nos últimos anos. Depois do tributo que rendeu à cantora e musa da bossa Nara Leão, agora ela dedica um show inteiro à obra de Tom Jobim (1927-2004), interpretando canções da fase inicial do grande compositor e maestro da bossa, no dia 25/1 (em dois horários).

O cancioneiro de Tom Jobim também serve de ponto de partida para os shows do violonista e arranjador Dante Ozzetti, que aceitou o convite da equipe de programação do Sesc 24 de Maio para participar da série “Tirando de Letra”, nos dias 26 e 27/1. Ele encara o desafio de interpretar conhecidas canções de Jobim, em arranjos instrumentais que enfatizam contrapontos, texturas sonoras e timbres incomuns. Ao lado de Ozzetti estarão craques da música instrumental, como Nivaldo Ornelas (sax), Gabriel Grossi (gaita) e Mestrinho (acordeom), entre outros.

Amigas desde a década de 1960, quando se tornaram embaixadoras da bossa nova na noite paulistana, as cantoras Claudette Soares e Alaíde Costa se reencontram em dois shows, nos dias 30 e 31/1. No repertório, entram alguns dos sucessos mais solares da bossa, como “O Barquinho” (de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) e “Ela É Carioca” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), além de canções mais românticas, como “Ilusão à Toa” (Johnny Alf) e “Morrer de Amor” (de Oscar Castro-Neves e Luvercy Fiorini).

A série de shows do projeto “Bossa 60” termina com o reencontro do saxofonista americano Paul Winter com o violonista e compositor carioca Carlos Lyra, dias 1º, 2 e 3/2. Os dois revisitam o repertório do álbum “The Sound of Ipanema”, que gravaram juntos em 1964, época em que a bossa nova explodiu internacionalmente. Uma histórica parceria que, por sinal, confirma o fato de que a influência inicial do jazz sobre a bossa se tornou recíproca.

Num projeto como esse também não poderia faltar João Gilberto, o hoje recluso cantor e compositor, que sintetizou a essência da bossa nova na batida de seu violão e no seu jeito natural de cantar. Depoimentos de artistas que conviveram com ele, como a cantora Miúcha, o pianista João Donato e os compositores Marcos Valle e Roberto Menescal, estão entre os momentos mais saborosos de “Onde Está Você, João Gilberto?”, filme do franco-suíço Georges Gachot, que já realizou elogiados documentários sobre Maria Bethânia e Nana Caymmi. Exibições nos dias 30/1, 31/1 e 3/2.

Venda de ingressos e outras informações no site do Sesc SP

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