Mark Lambert: guitarrista e cantor leva ao Bourbon Street jazz e blues para dançar

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                                                       Mark Lambert, em show no clube paulistano Bourbon Street

Radicado no Brasil desde 2004, o guitarrista e cantor Mark Lambert fez uma contagiante apresentação, ontem, no clube Bourbon Street, em São Paulo. À frente do Quinteto Radio Swing, o músico norte-americano exibiu um repertório bem dançante, recheado de clássicos do rhythm & blues, da black music, até da MPB.

Especialmente saborosa é a primeira parte do show, dedicada ao jump swing. Essa vertente musical, também conhecida como neo-swing ou retro-swing, resgatou no final dos anos 1990 o hábito de se dançar jazz, misturando o swing das big bands com o saltitante jump blues e pitadas de rock & roll.

Para animar a plateia do clube paulistano lá estavam alguns dançarinos do grupo Swing Out Studio, que logo transformaram o show em baile, impulsionados por clássicos dos salões de dança, como “Shiny Stockings” (do repertório da Count Basie Orchestra), “Caldonia” (Louis Jordan), “Jump, Jive an’ Wail” (Louis Prima) ou “Hallelujah, I Love Her So” (Ray Charles).

Cantor versátil, Lambert conduz o show-baile por outras vertentes musicais: a romântica soul music de Al Green (“Let’s Stay Together”); uma versão bossa nova da canção “Nature Boy” (de Eden Ahbez) emendada ao afro samba “Canto de Ossanha” (Baden Powell e Vinicius de Moraes); ou ainda um medley da irresistível “Do I Do” (Stevie Wonder) com o funk “Vamos Dançar (Ed Motta).

Bem acompanhado por seu quinteto, que inclui Sidmar Vieira (trompete), Jefferson Rodrigues (sax tenor), Daniel Grajew (teclado), Marinho Andreotti (baixo) e Lael Medina (bateria), Lambert também exibe seu talento de instrumentista, nos solos de guitarra.

Um programa leve e divertido, bem apropriado para se esquecer por algumas horas que este país caminha cegamente para um precipício.

1 Comentário:

sonbra e agua fresca disse...

Obrigada pela sua linda critica
Sou amiga e admiradora de Mark Lambert desde os anos 80, quando ele ainda tocava aqui, nos Estados Unidos, com Astrud Gilberto. Tenho cadeira cativa nos shows de Mark no Brasil. Sempre tem uma surpresa. Um novo arranjo, uma nova roupagem para uma musica tão conhecida como "I feel good", por exemplo, num tom muito sexy e lento.
Mais uma vez, obrigada pela critica. Ainda mais, como voce mesmo diz, num momento que todos nós estamos precisando de amor e acreditar mais no ser humano.
Vai dar tudo certo, assim espero.
um beijo
Sonia

 

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