AsuJazz: Baylor Project brilha com sua música negra no festival de Assunção

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                                                Jean Baylor, cantora do grupo Baylor Project, em show no AsuJazz

A plateia do AsuJazz  festival realizado na cidade de Assunção, cuja terceira edição termina neste sábado (6/10)  pode se considerar especial. A capital paraguaia teve o privilégio de ver e ouvir pela primeira vez na América do Sul, com entrada franca, a banda norte-americana The Baylor Project. Revelação recente, esse projeto comandado pelo casal Jean (voz) e Marcus Baylor (bateria) tem tudo para conquistar elogios em festivais do gênero pelo mundo. 

A chuva fina que caiu sobre cidade, no final na noite de quinta-feira (4/10), fez com que parte da plateia desistisse de esperar por esse show, ultima atração do programa. Quem ficou se deliciou com um repertório bem escolhido, que vai do gospel a standards jazzísticos, passando pela soul music. É praticamente uma descontraída viagem pela evolução da música negra norte-americana durante o último século.

Indicações ao prêmio Grammy nem sempre referendam qualidade musical, mas as duas recebidas pelo Baylor Project, no ano passado, soam bem merecidas. A começar pelo inventivo arranjo da clássica “Afro Blue” (de Mongo Santamaria). Nos vocais, Jean combina elegância com um belo timbre de voz. Que o diga a plateia do AsuJazz, que se levantou para a aplaudi-la durante o gospel “Aleluia”, um verdadeiro “tour de force” da cantora.

Antes, a plateia já havia aplaudido bastante o trio argentino Aca Seca, que também se apresentou pela primeira vez no país. É provável que Andrés Beeuwsaert (piano e voz), Juan Quintero (violão e voz) e Mariano Quintero (percussão e voz) nem soubessem que tinham um fã clube tão fervoroso em Assunção. Aliás, brasileiros fãs do saudoso grupo vocal Boca Livre certamente se interessariam pelas belas melodias e harmonizações vocais do Aca Seca Trio.

Eclética, a noite de quinta-feira também contou com a música romântica do grupo ucraniano Two Violins Band, que destaca o violinista e compositor lllia Bondarenko, típico garoto-prodígio da música clássica. A abertura ficou por conta do grupo do guitarrista paraguaio Gustavo Viera, que faz um envolvente jazz de fusão com ritmos locais e influências do rock e do blues.


(Cobertura realizada a convite da produção do festival AsuJazz) 

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