Jazz: Coleção da Folha reúne 30 dos mais cultuados músicos e cantores do gênero

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Você é um daqueles que acham que o jazz é música difícil de ouvir? Não acredite nesse mito. Comecei a ouvir jazz aos 17 anos, sem ter frequentado ainda uma escola de música, e não precisei de nada mais do que os ouvidos abertos para me tornar fã desse gênero musical. Basta ter interesse – e não desistir quando se deparar com uma composição ou uma improvisação um pouco mais complexos.

Quer uma sugestão para começar a penetrar nos improvisos do jazz? Neste final de semana chega às bancas de jornais e algumas livrarias de vários Estados do país a “Coleção Folha Lendas do Jazz”, que oferece um panorama desse gênero musical. Composta por 30 livrinhos com CDs encartados, ela reúne alguns dos mais populares e cultuados músicos do jazz, de cantores como Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Anita O’Day e Nina Simone, a instrumentistas como John Coltrane, Charles Mingus, Bill Evans, Sonny Rollins e Thelonious Monk, entre outros.

A maioria das gravações selecionadas foi extraída dos catálogos dos selos Verve e Blue Note, reconhecidos entre os mais conceituados do gênero. Alguns dos volumes trazem compilações de gravações do artista retratado. Outros incluem um álbum completo, como os sempre elogiados “Blue Train” (de John Coltrane), “The Birth of the Cool” (de Miles Davis), "The Black Saint and the Sinner Lady" (de Charles Mingus), "Newk's Time" (de Sonny Rollins), "Go" (de Dexter Gordon) e “1958: Paris, Olympia” (de Art Blakey and the Jazz Messengers).

Essa é a oitava coleção nesse formato que, durante a última década, tive o privilégio de editar para a “Folha de S. Paulo”, além de ter escrito dezenas de volumes. Desta vez, contei com a colaboração do experiente jornalista e crítico Helton Ribeiro, que já havia contribuído com a coleção “Soul & Blues” (em 2015). Os textos dos volumes dedicados a Count Basie, Coleman Hawkins, Glenn Miller, Jimmy Smith e Django Reinhardt foram escritos por ele.

Mais uma vez foi um prazer trabalhar com a criativa dupla Erika Tani Azuma e Rodrigo Disperati, autores do projeto gráfico e responsáveis pela diagramação. Destaco também as ilustrações (capas) de Maria Eugenia, que os leitores da “Folha” já admiram há tempos. A realização desse projeto é da Editora MediaFashion. 


Mais informações sobre a coleção, inclusive como comprar, neste site: http://lendasdojazz.folha.com.br/



Só Vibras: 2ª edição do festival de vibrafone reúne craques do instrumento em SP

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                                                        O vibrafonista Ricardo Valverde / Foto: André Mortatti     

Instrumento percussivo de som metálico, ainda pouco familiar ao grande público no Brasil, o vibrafone é protagonista de um inusitado festival: o Só Vibras. Doze vibrafonistas, com repertórios dedicados a diversos gêneros musicais, estão no programa da segunda edição desse evento, de 6 a 11/3 (segunda a domingo), na Unibes Cultural, em São Paulo.

“O vibrafone é um instrumento versátil que pode ser e é usado nos mais variados gêneros musicais, como o jazz, o choro ou a música clássica”, diz a percussionista e atriz paulistana Nath Calan, que se dedica à chamada música cênica – uma vertente performática de música instrumental que utiliza recursos teatrais e visuais.

Nath vai se apresentar no dia 9/3 (quinta), em noite que também destaca o show de Ricardo Valverde. Vibrafonista baiano radicado em São Paulo, ele lançou em 2015 o álbum “Teclas no Choro”, com releituras de choros de Jacob do Bandolim, K-Ximbinho e Pixinguinha.

Outro destaque do evento é Amoy Ribas, percussionista brasiliense que já realizou parcerias com artistas de diversos gêneros musicais e desenvolve carreira internacional há mais de uma década. Ribas divide a noite de 10/3 (sexta) com o vibrafonista paulista Beto Caldas, que nos últimos anos tem tocado com grupos que interpretam sambas e choros com improvisos jazzísticos.


“Difícil de tocar, difícil de carregar, difícil de arranjar emprego, mas vale o velho ditado: o coração tem razões que a própria razão desconhece”, ironiza o paulistano André Juarez, outro craque do vibrafone (também maestro e arranjador), referindo-se à sua paixão por esse instrumento. Com repertório eclético, que inclui releituras de clássicos da canção brasileira, jazz e salsa, ele toca no encerramento do festival.


Nessa noite também se apresenta Guga Stroeter, vibrafonista e ativista das lendárias bandas paulistanas Sossega Leão e Heartbreakers, que define com humor o protagonista do festival: “Ao lado da harpa, o vibrafone é o mais celestial dos instrumentos. E, com certeza, o mais infantil da orquestra”.

SÓ VIBRAS - FESTIVAL DE VIBRAFONE
De 6 a 11/3/2017, às 19h30
Ingressos: R$15 e R$30
Unibes Cultural (r. Oscar Freire, 2.500, Sumaré, zona oeste de São Paulo)
Idealização e produção: Lucia Rodrigues. 

PROGRAMAÇÃO
6/3  Ricardo Bologna - Victor Vieira-Branco
7/3  Emilia Desiré - Rubén Zúñiga
8/3  Alisson Antonio Amador - Nelton Essi
9/3  Ricardo Valverde - Nath Calan
10/3 Beto Caldas - Amoy Ribas
11/3 André Juarez- Guga Stroeter




 

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