China Moses: cantora mostrou seu lado "entertainer", em show no Bourbon Street

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                                                 China Moses durante seu show no Bourbon Street, em São Paulo  

O Bourbon Street Music Club merecia estar mais cheio, na noite de ontem, no primeiro e único show da cantora e atriz norte-americana China Moses, em São Paulo. Não é difícil imaginar o porquê da plateia reduzida: a intensa programação das Olimpíadas na TV; a noite fria com uma garoa tipicamente paulista; e mais uma edição do festival Jazz na Fábrica, que começa amanhã, certamente colaboraram para que alguns ficassem em casa.

Quem foi ao clube paulistano deve ter saído sorrindo, porque China não é só uma talentosa cantora de soul, blues e jazz –- aliás, herdeira do DNA vocal e artístico de sua mãe, a grande cantora de jazz Dee Dee Bridgewater. China é também uma carismática “entertainer”, no melhor sentido da palavra, que combina dotes de atriz com um rasgado senso de humor. Em alguns momentos seu show quase se transforma em uma performance de comédia “stand-up”.

Só mesmo uma comediante teria a ideia de compor “Blame Jerry”, uma inusitada canção inspirada na personagem Gabrielle Sollis -- interpretada por Eva Langoria, na popular série de TV “Desperate Housewives” (2004-2012). Antes de cantá-la no show, China também arranca risadas da plateia, falando de sua obsessão por esse seriado.

“Já perceberam que eu sou meio palhaça”, disse ela, depois de cantar, com um copo na mão, o blues “Hung Over”, em que simulou estar embriagada. Já em “Nicotine”, também uma canção de sua autoria com uma divertida introdução, ela se diz viciada em cigarros, comparando o tabaco a um namorado que não consegue largar. Outra surpresa foi a versão bastante livre de “Move Over”, do repertório da cantora Janis Joplin.

Simpática, China retribuiu os aplausos e pedidos de bis com uma carinhosa homenagem à música brasileira. Sentada à beira do palco, contou que decidiu cantar, na última hora, uma bossa nova que aprendera ainda criança, ouvindo sua mãe: “Wave”, de Tom Jobim, em uma releitura bem jazzística.

Se você ficou interessado, mora em São Paulo e não se importa de pegar uma estrada, o festival Sesc Jazz & Blues ainda oferece três oportunidades para se ver o show de China nesta semana: amanhã (quinta, 11/8), em Piracicaba; sexta (12/8), em Jundiaí; e no sábado (13/8), em Bauru.


Se não for possível ir, veja os vídeos abaixo e fique tranquilo: pelo que se viu e ouviu no show de ontem, é bem provável que China retorne outras vezes.

Mais informações e venda de ingressos no site do SESC SP.




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