Vitor da Trindade: compositor e cantor elogia a negritude em seu primeiro álbum

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Conhecido na cena musical como integrante do trio Revista do Samba, com o qual já gravou cinco discos, o percussionista, violonista e cantor Vitor da Trindade lança "Ossé" (edição independente), seu primeiro álbum individual. Presente em quase todo o repertório desse trabalho está sua referência maior: para compor 13 das 14 faixas desse disco, ele musicou poemas do avô, o pernambucano Solano Trindade (1908-1974), influente artista e ativista da cultura afro-brasileira.

Do contagiante maracatu “Maracatucar” à funkeada “Amor”, Vitor passeia por vários ritmos de ascendência negra. Canções como “Mulata” ou “Canto à Musa Crioula” elogiam a negritude, mas o viés social, tão característico da obra de Solano, também está presente. Trazendo vocais falados na linha do rap, “Rio” é umas das canções mais atraentes do álbum: acompanhados por muito suingue e humor refinado, os versos do poeta traçam um irônico olhar sobre a dinâmica social na Cidade Maravilhosa. 



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