Vitor Ramil: a beleza e a atualidade das canções do compositor gaúcho, em novas versões

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O título deste álbum duplo de Vitor Ramil vem de uma inspirada canção já gravada por ele, treze anos atrás. Com versos que fundem a noção de passado e futuro, “Foi no Mês que Vem” (lançamento do selo Satolep) sintetiza bem a atemporalidade desta coleção de 32 canções compostas pelo cantor e violonista gaúcho desde os anos 1980.

Quem ainda desconhece a discografia de Ramil - lembre-se que “Ramilonga” (1997) e “Tambong” (2000), especialmente, são itens essenciais em qualquer antologia da melhor MPB contemporânea – encontrará aqui uma irresistível introdução à sua obra. Mais ainda: não se trata de uma compilação de antigas gravações, mas sim de novas versões, várias delas em formato voz e violão, incluindo participações especiais de Milton Nascimento, Jorge Drexler, Fito Paez e Pedro Aznar, entre outros.

“O tempo das canções não é necessariamente o nosso”, comenta Ramil, com toda razão, ao referir-se a este projeto. Suas canções – algumas próximas dos vinte anos de idade, como “Não É Céu”, “Grama Verde” e “À Beça” – soam hoje tão atuais como, provavelmente, soarão daqui a décadas. 

(resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", em 29/06/2013)

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