À Deriva: quarteto instrumental quer estimular a imaginação dos ouvintes

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                                             O quarteto instrumental À Deriva / Photo by Mariana Chama
O encarte composto por cinco folhas soltas com fotos em preto-e-branco, sem alusão às faixas do CD, já indica que não se trata de um projeto convencional. Com “Móbile”, seu quarto álbum, o grupo instrumental À Deriva pretende estimular a imaginação de seus ouvintes. O quarteto espera que eles façam suas próprias “leituras” das imagens do encarte, associando-as livremente às gravações do álbum.


A ideia de relacionar a música a outras linguagens artísticas não é casual. Em quase 10 anos de carreira, os integrantes desse quarteto paulista já criaram várias trilhas sonoras para cinema e teatro. Sem se prenderem a um estilo, nem a uma formação instrumental fixa, investem nas explorações sonoras mais diversas. Do lirismo da balada “Bom Retiro” ao caos organizado da free jazzística “Carvoeiro”, “Móbile” é um álbum para ser ouvido com a mesma dose de liberdade pedida por um romance de Júlio Cortázar.

(resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", edição de 25/5/2013)


 

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