DVDs: a riqueza da música brasileira em videos de Hermeto, Wisnik, Tatit e Raul de Souza

|

                                                                   Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski

Um deles aborda o prenunciado fim da canção; outro revê a obra de um músico da primeira geração da bossa nova; o terceiro é totalmente experimental. A diversidade e a riqueza da música brasileira estão bem representadas por recentes DVDs dos compositores Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, do trombonista Raul de Souza e do multiinstrumentista Hermeto Pascoal.

O título do DVD “O Fim da Canção” (lançamento SESC) tem a ver com a polêmica entrevista de Chico Buarque à "Folha de S. Paulo", em 2004, quando disse que o rap poderia vir a ser “a negação da canção tal como a conhecemos”. Tatit, Wisnik e Nestrovski discutem essa hipótese em entrevistas incluídas nessa edição, mas nenhum argumento soa tão eficaz em defesa da permanência dessa forma musical e poética quanto as próprias canções gravadas pelo trio, em 2011, num show com participação do cantor Celso Sim.


                                                                                             Raul de Souza

“O Universo Musical de Raul de Souza” (lançamento SESC) revive composições e a trajetória desse brilhante trombonista e compositor, que deixou sua marca na bossa nova, no samba-jazz e no jazz-funk. As presenças de grandes instrumentistas, como Altamiro Carrilho (flauta), João Donato (piano) e Hector Costita (sax), reforçam o tom de homenagem ao antigo parceiro, tanto no show como nos depoimentos incluídos nesse DVD como extras.


                                                                                        Hermeto Pascoal
“Brincando de Corpo e Alma” (edição independente) é um projeto que só um artista inquieto e inventivo como Hermeto poderia realizar. Nas 12 performances, ele cria música percutindo diferentes regiões do corpo, rindo, roncando, assobiando, até mesmo friccionando a longa barba. Os recursos de edição permitem que ele utilize sons simultâneos, criando assim surpreendentes texturas sonoras e visuais. Como já disse alguém, Hermeto já não é mais um músico, é a própria música.


(resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", em 24/11/2012)

Dave Holland: de novo no Brasil, baixista inglês diz que desafio no jazz é não se repetir

|


Não é toa que desde a década de 1990, quando formou o quinteto que lidera até hoje, o baixista Dave Holland tem conquistado prêmios e aparecido em rankings de melhores grupos e discos promovidos por publicações especializadas. Aos 66 anos, esse jazzista britânico radicado nos EUA é um exemplo de integridade artística e compromisso com a inovação musical.

“Eu sigo buscando me desenvolver como compositor. Tento não repetir minhas ideias. Este é um desafio que se resume a manter a disciplina, seguir com o trabalho e até enfrentar bloqueios ocasionais. Para isso é preciso ter coragem”, disse ele à “Folha”, por telefone, de Nova York, antes de embarcar para o Brasil.

A ausência do baterista Nate Smith, que perdeu o voo, não impediu que o experiente grupo de Holland, que destaca também o saxofonista Chris Potter, o trombonista Robin Eubanks e o vibrafonista Steve Nelson, fizesse uma apresentação excelente, anteontem, no encerramento do 2.o Canoas Jazz Festival (RS). Mas o quinteto já deverá estar completo nos shows de hoje e amanhã, no Sesc Belenzinho, em São Paulo.

Segundo Holland, que costuma escolher o repertório que vai tocar só na hora de entrar no palco, nestes shows podem entrar temas já registrados em álbuns do quinteto, como “Arquive Series Vol. 1” (2010), “Critical Mass” (2006) ou “Extended Play” (2003). “Mas também vamos tocar material inédito composto pelos músicos do grupo”, promete. Outra composição praticamente garantida nessas apresentações é “Ario”, homenagem feita por ele ao Brasil durante outra de suas turnês.

Assim como já tocou e gravou ao lado de grandes expoentes do jazz, como Miles Davis, Herbie Hancock, Thelonious Monk e Joe Henderson, nos últimos anos Holland também tem comandado diversas formações, como sua big band, seu octeto e o mais recente quarteto Prism (com o guitarrista Kevin Eubanks, o tecladista Craig Taborn e o baterista Eric Harland), cujo CD de estreia ele acaba de mixar, num estúdio de Nova York.

“Os temas que gravamos nesse álbum são de autoria dos quatro músicos. Entramos em estúdio em agosto, logo após a primeira turnê de shows que fizemos juntos. Eu me considero um sortudo por poder realizar projetos como esse, ao lado de grandes músicos”, comenta Holland.

Na entrevista, o jazzista inglês contou também que, apesar de viver na área de Nova York, conseguiu escapar da destruição provocada pelo recente furacão Sandy.

“Eu moro mais ao norte da cidade, numa área que sofreu poucos estragos. Minha casa não chegou a ser prejudicada pelo temporal, mas sei de alguns colegas, como (o pianista) Jason Moran, que tiveram problemas sérios”.

A crise econômica e o mercado musical


Depois de fundar o selo de gravação Dare2, pelo qual tem lançado seus discos desde 2005, Holland demonstra que se continua se mantendo atento às surpresas e inovações do mercado musical.

“Ninguém imaginaria, anos atrás, esse novo interesse pelos discos de vinil. Os downloads continuam a crescer, na internet, mas hoje também existem esses sites, como o Spotify ou o Pandora, em que se paga mensalidade para ouvir música. O negócio da música continua a evoluir e a mudar, apresentando novos desafios, como o de financiar as gravações”, ele comenta.

Os efeitos da crise que abateu as economias dos Estados Unidos e da Europa, no final da última década, também foram bastante severos sobre o mercado do jazz, observa Holland.

“As verbas de muitas organizações culturais e centros de arte foram bastante reduzidas, assim como os festivais patrocinados por algumas cidades e estados norte-americanos também se viram em dificuldades econômicas. Até mesmo os programas de arte foram reduzidos em muitas escolas, algo que me deixa muito infeliz. Em minha opinião, pensar que as artes não são essenciais é um grande erro. O contato com as artes é muito importante para qualquer criança”, afirma o jazzista.

É mais fácil compor hoje do que na década de 1990, quando começou a escrever grande parte do material de seus grupos? “No fundo, a dificuldade do processo criativo é sempre a mesma”, ele responde, com a tranquilidade que o identifica. “Você se senta à frente de um papel em branco e tenta desenvolver uma ideia. O maior desafio está em não se repetir”. 


(texto publicado parcialmente na "Folha de S. Paulo", em 27/11/2012)

Djavan: compositor exibe novas canções de amor sem abandonar seu engajamento

|


O título "Rua dos Amores" (lançamento Universal) já antecipa seu conteúdo: o novo CD de Djavan é um álbum de canções de amor, mas não só. Após o sabático “Ária” (de 2011), disco em que se dedicou apenas ao ofício de intérprete, o compositor, cantor e violonista alagoano retoma o trabalho autoral em seu melhor estilo. Aliás, um estilo original e burilado durante décadas, que o transformou em um dos autores/cantores mais admirados e imitados na história da música popular brasileira.

As levadas funkeadas, as melodias não convencionais e seu requinte poético voltam repaginados, em sambas e canções inéditos, como as dançantes “Já Não Somos Dois” e “Pecado” ou a bossa “Reverberou”. Mas também há incursões pelo choro, como a angulosa “Ares Sutis”, que divaga sobre a identidade sob o ponto de vista de uma mulher. Ou a engajada “Pode Esquecer”, canção que aborda de maneira sutil, bem na tradição da MPB dos anos 1970, temas espinhosos como a corrupção e os desmandos do poder. É Djavan para todos os gostos, sejam seus fãs ou até desafetos de ocasião. 

(resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", em 24/11/2012)

 

Alfredo Dias Gomes: baterista carioca faz workshops e show ao vivo pela internet

|



Depois de tocar com grandes nomes da música instrumental brasileira, como Hermeto Pascoal, Guinga e Leo Gandelman, nos últimos anos o baterista e compositor Alfredo Dias Gomes tem divulgado sua música por meio da internet com um considerável retorno. Seu nome tem figurado há meses nas primeiras colocações do ranking global do site ReverbNation (www.reverbnation.com), na categoria Jazz.

Essa exposição na web já rendeu a Dias Gomes mais de 100 mil fãs pelo mundo. É para eles que o baterista tem feito workshops de percussão, transmitidos ao vivo de seu estúdio. Já neste domingo (25/11), às 20h (horário de Brasília), ele vai exibir um show preparado especialmente para ser transmitido ao vivo por meio de seu site: www.alfredodiasgomes.com.br.

No repertorio dessa apresentação estarão composições do baterista, na linha do jazz-rock. O trio de Alfredo Dias Gomes inclui o guitarrista israelense Yuval Ben Lior e o baixista carioca Weslen Lima.

2º Canoas Jazz: baixista Dave Holland será a atração principal de festival no Sul

|



Um dos músicos mais conceituados e premiados, na cena mundial do jazz das últimas décadas, vai se apresentar mais uma vez no Brasil. O contrabaixista e bandleader britânico Dave Holland será a principal atração do 2º Canoas Jazz Festival, anunciado para dia 25/11, na área metropolitana de Porto Alegre (RS).

“Dave Holland é o mais importante contrabaixista-compositor do jazz contemporâneo”, comenta Sergio Karam, instrumentista e curador do evento.
“Ele é um músico à altura da herança de Charles Mingus, autor de composições complexas e ainda assim acessíveis. Também é um líder generoso, que sabe se rodear dos músicos mais talentosos”.

A programação de shows do Canoas Jazz, reduzida neste ano a apenas uma noite, com entrada franca, no Parque Getúlio Vargas (mais conhecido como Parque do Corvo), inclui outras três atrações locais: o grupo Delicatessen e os cantores Ana Lonardi e Juliano Barreto.


Como aquecimento para o festival,
Karam vai comandar uma sessão de audição de gravações de Dave Holland, dia 22/11, na Biblioteca Pública Municipal de Canoas. Dias depois, em 27 e 28/11, o jazzista britânico e seu grupo também vão se apresentar no Sesc Belenzinho, em São Paulo. 

Outras informações no site do 2º Canoas Jazz.


Mostra Tom Jobim EMESP: Gonzalo Rubalcaba toca em evento com feras do jazz mundial

|

                                                              O pianista cubano Gonzalo Rubalcaba / Divulgação
 
O formato, com concertos em diversos teatros e auditórios da capital paulista, lembra o dos festivais de jazz de Nova York e Montreal. E o elenco musical, que destaca jazzistas do primeiro time, como o pianista Gonzalo Rubalcaba e a band leader e arranjadora Maria Schneider, é de fazer inveja a muitos eventos do gênero.

Depois dos shows do pianista César Camargo Mariano e da cantora cubana Yusa durante a noite de abertura, a terceira edição da Mostra Tom Jobim Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo) prossegue com a apresentação do cubano Gonzalo Rubalcaba, hoje, no Teatro Alfa, em São Paulo.

Com improvisos inventivos e seu toque sutil (veja alguns videos abaixo), esse pianista radicado nos EUA já lançou mais de vinte discos individuais. Em suas composições, influências do jazz moderno e da música clássica convivem com a diversidade rítmica da melhor tradição afro-cubana.

A mostra se estende até dezembro, com destaque para as apresentações da orquestra regida pela norte-americana Maria Schneider, formada por alguns dos melhores instrumentistas de São Paulo, como o saxofonista Vinícius Dorin e o acordeonista Toninho Ferragutti, no Sesc Pinheiros (em 7 e 8/12). Compositora criativa, desta vez ela promete exibir material inédito.

Outra atração de peso, na Mostra da Emesp, é o duo da vocalista Maria João com o pianista Mário Laginha, ambos portugueses, que fecham o evento no Museu da Casa Brasileira (em 12/12). Essa parceria mujsical, iniciada em 1994, já rendeu diversas gravações. A cumplicidade e a abertura para correr riscos são marcas dessa inventiva dupla. 


                                                                Paulo Braga, pianista e curador da Mostra da EMESP

Intercâmbio musical e pedagógico - Falando por telefone à Folha, de Nova York, Paulo Braga, pianista e curador da mostra, chama atenção para uma parceria estabelecida pela Emesp com a conceituada Juilliard School. Além de dar aulas para os alunos do departamento de jazz dessa escola, ele e seu quarteto vão gravar um CD e tocar no festival Vozes da América Latina, do Carnegie Hall, no próximo dia 20/11.

“É o início de uma série de parcerias. Já falamos com o Conservatório de Amsterdã, que também se interessou. Nosso sonho é ver alunos estrangeiros estudando em São Paulo, assim como nossos alunos poderem se aprimorar fora do país. A música brasileira é uma forte moeda de troca”, diz Braga, que vai tocar em Nova York acompanhado por Edu Ribeiro (bateria), Eduardo Neves (sax e flauta) e Mario Andreotti (baixo).

Os quatro músicos e professores da Emesp vão passar uma semana ensaiando com os alunos da Juilliard, para a gravação do CD. “Chamaram a gente especialmente para tocar música brasileira”, conta o pianista. No repertório escolhido pelo quarteto para a gravação e o concerto na programação do Carnegie Hall devem entrar composições de Moacir Santos, Villa-Lobos, Nelson Cavaquinho e Mané Silveira, além de composições próprias.

“Se já temos uma escola de música forte, que trata bem a música brasileira e conta com muitas feras entre os professores, o aluno que vier da Dinamarca, do Japão ou de outros lugares, para estudar um tempo em São Paulo, certamente vai voltar com uma pronúncia diferente do que ele conseguiria fazendo um curso de música em Boston, por exemplo”, comenta o pianista e curador da mostra.


Mais informações no site da Mostra Tom Jobim EMESP


(texto publicado na "Folha de S. Paulo", parcialmente, em 16/11/2012)


5º CopaFest: evento carioca celebra a diversidade da música instrumental

|

                                                                       Wilson das Neves e sua orquestra / Photo by Carlos Calado

Foram três noites animadas e ecléticas. Quem acompanhou a quinta edição do CopaFest, no último fim de semana, no Rio de Janeiro, ouviu samba, baião, funk, jazz, choro, bossa nova, maracatu, salsa, reggae, até rock. Talvez esta seja a melhor definição desse evento: um festival de música instrumental brasileira sem preconceitos.

Isso ficou mais evidente ainda na última noite, que se estendeu pela madrugada de domingo. Liderando sua pequena orquestra, o veterano baterista e sambista carioca Wilson das Neves recriou sucessos da MPB, como “Zazuêra” (de Jorge Ben), “Irene” (Caetano Veloso) e “Essa Moça Tá Diferente” (Chico Buarque). Os suingados arranjos instrumentais da banda animaram dezenas de casais a sair dançando, nas beiradas do salão do Hotel Copacabana Palace. Tudo a ver, já que o sugerido formato da noite era mesmo o de um baile.

Claro que o repertório essencialmente instrumental, centrado no álbum “O Som Quente É o das Neves” (de 1976), não impediu que o sambista cantasse seu sucesso (e hoje cartão de visita) “O Samba É Meu Dom”, com a plateia fazendo coro com ele, ao entoar os versos de Paulo César Pinheiro.

“Ô, sorte!”, brincou Das Neves, arrancando sorrisos dos fãs com seu popular bordão. Depois, retornou à bateria para comandar uma contagiante versão, em ritmo de samba, do funk “Pick Up the Pieces” (sucesso da escocesa Average White Band). E, no melhor estilo das bandas de New Orleans, fechou a apresentação com a festiva “When the Saints Go Marching In”. 

                                                                    Pepeu Gomes e seu filho Felipe Pascoal (no fundo)

No primeiro show do sábado (3/11), Pepeu Gomes já havia transformado o salão do Copa em uma excitante arena de rock. “Vai ser alto!”, avisou logo o guitarrista baiano, elevando ao máximo o volume de seu instrumento – sem falar no naipe de sopros, que deu mais consistência sonora à sua banda. Ou ainda as presenças do irmão Didi Gomes, no baixo, e de outros dois guitarristas: seu filho Felipe Pascoal e Davi Moraes.

Pepeu exibiu sua pegada roqueira até mesmo em uma seleção de clássicos choros, como “Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim), “Brasileirinho” (Waldir Azevedo) e “Lamento” (Pixinguinha). Relembrou também alguns de seus dançantes sucessos dos anos 70 e 80, como “Malacaxeta” e “Cartagena”. Pelas expressões de alguns espectadores mais jovens, que provavelmente só o conheciam pelos discos, o guitarrista foi a surpresa da noite.



                                                   O guitarrista e compositor Kassin / Photo by Carlos Calado

Os shows da sexta-feira (2/11), mesmo bem diferentes entre si, revelaram algo em comum: muitas composições inéditas. À frente da banda Magnética Intergaláctica, o guitarrista e produtor carioca Kassim prendeu a atenção da plateia por quase duas horas com temas que compôs para o animê “Michiko to Hatchin”. Para isso contou com toda a experiência do tecladista Lincoln Olivetti (grande destaque do CopaFest no ano passado) e os eficazes arranjos do flautista Felipe Pinaud.

Atração mais esperada do festival, o “supergrupo” Shinkansen – com o mineiro Toninho Horta (guitarra), o paulista Liminha (baixo elétrico) e os cariocas Marcos Suzano (percussão) e Jaques Morelenbaum (cello e teclado) – mostrou pela primeira vez, num palco, o eclético e quase todo inédito repertório de seu CD de estreia, que será lançado só em 2013.



                             Suzano (esq. para dir), Morelenbaum, Liminha e Horta / Photo by Carlos Calado

 
“Shinkansen é o trem, é a nossa vontade de ir além”, disse Morelenbaum, tentando definir a proposta do quarteto, mas sua música criativa já estava falando por si. Entre várias referências ao Japão, o delicado baião “Hai-Kai”, a hipnótica “Maracatuesday”, a percussiva “Thousand Volts” ou o samba “Shinkansen” combinam lirismo e experimentações sonoras.

O tecladista e compositor carioca Eumir Deodato – expoente da bossa nova radicado nos EUA, que abriu o festival na quinta-feira – trouxe uma panorâmica de sua obra. Lembrou arranjos que escreveu para o cinema e para a TV, como “Peter Gunn” e “Carly & Carole”, uma versão funk-soul de “Summertime” (Gershwin) e ainda fez questão de exibir algumas de suas incursões pelo pop/rock.



                                                          Eumir Deodato (de branco) / Photo by Carlos Calado

Deodato chegou a tocar o pesado rock “Black Dog” (Led Zeppelin) e a suingada “Do It Again” (Steely Dan), mas o clímax de sua apresentação foi mesmo o inventivo arranjo de “Also Sprach Zarathustra” (Richard Strauss), que fez para a trilha do filme “2001”, de Stanley Kubrick, misturando música clássica e pop – não à toa escolhido para o bis exigido pela plateia.

Um país como o nosso, com uma música instrumental tão rica e diversificada, pode certamente inspirar outras saborosas edições do CopaFest por muitos anos.

(resenha publicada parcialmente, na “Folha de S. Paulo”, em 6/11/2012) 


 

 

©2009 Música de Alma Negra | Template Blue by TNB