Festival internacional da Louisiana: "lado B" de New Orleans faz 25 anos com música de raiz

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                                                                                                            Foto: Carlos Calado

Os shows, gratuitos e ao ar livre, são anunciados em francês. A eclética programação mistura música étnica da África, do Caribe e do Oriente com gêneros "de raiz" típicos do sul dos EUA, como o zydeco, o cajun ou o gospel.

Esse é o Festival Internacional da Louisiana, que comemorou 25 anos no último fim de semana. Realizado na cidade de Lafayette, esse evento vem crescendo a cada ano, como uma espécie de "lado B" do Jazz Fest de Nova Orleans, cuja 42ª edição prossegue até o próximo domingo, dia 8.


Considerada a capital extra-oficial da cultura cajun (corruptela do francês "acadien"), Lafayette é uma cidade pequena e charmosa, que preserva a língua francesa e a tradição musical e culinária dos acadianos, grupo étnico que deriva de colonizadores que viviam no nordeste da América do Norte.


Essa herança cultural ainda está presente no festival de Nova Orleans, em alguns shows e nas barracas que oferecem pratos típicos da Louisiana. Mas os preços altos dos ingressos (U$ 60 por dia) e o aumento significativo do rock e da música pop nas atrações desse evento têm levado os frequentadores a se interessar pelo concorrente.


A chuva fina que caiu no início da tarde de sábado não chegou a prejudicar o festival de Lafayette. Já conhecida pelo público local, a cantora cabo-verdiana Maria de Barros (na foto acima) esbanjou simpatia, contagiando a plateia com o ritmo dançante do funaná, que lembra o nosso carimbó.


Outro cantor que transformou seu show em um animado baile foi o congolês Ricardo Lemvo e sua banda Makina Loca, que misturam o mambo cubano com ritmos africanos, em irresistíveis arranjos para metais.


Já em Nova Orleans, o sol ajudou a atrair grandes multidões, no fim de semana, especialmente para ver atrações de rock e pop, como Bon Jovi (cujo guitarrista Richie Sambora, internado em clínica de desintoxicação, foi substituído por Phil Xenidis), Robert Plant, Jason Mraz, Wyclef Jean e Jeff Beck.


(Reportagem publicada na “Folha de S. Paulo”, em 2/05/2011)


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