Marku Ribas: um artista carismático que merece um maior reconhecimento

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Só mesmo a injusta dinâmica do mercado pode explicar porque o talento musical do mineiro Marku Ribas ainda só é apreciado por um círculo restrito de fãs. Um dos pioneiros da música negra com sotaque brasileiro, aos 63 anos, este carismático cantor, compositor, violonista e ator de cinema (“Batismo de Sangue”, “Chega de Saudade”) lança agora “4 Loas” (+Brasil/Tratore), álbum que surpreende tanto pela fulminante energia de suas performances, como pela profusão de referências reveladas em suas canções.

Do gingado de “Aurora da Revolução” ao romantismo de “Ce Pas Pour Ça”, Marku mistura seu samba com diversos ritmos e influências, como o jazz (“Altas Horas”, “Doce Vida”), o rock (“A Embaixatriz”) e o baião (“Sambatema”), além de criar saborosas incursões pelo funk (“O Mar Não Tem Cabelo”) e pelo reggae (“Querobem Querubim”). Para isso conta com alguns dos melhores instrumentistas de Minas Gerais, com destaque para o baterista Neném e o baixista Ezequiel Lima. Quem sabe com este disco a música de Marku alcançará enfim o reconhecimento que merece. 

 (resenha publicada no "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", em 17/12/2010)


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